Senadores vão acompanhar investigações sobre a morte de Malhães

Integrantes da Comissão de Direitos Humanos vão para o Rio na próxima semana para ter acesso a apuração da Polícia Civil

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Por Redação
Atualização:

RIO - Os senadores Ana Rita (PT-ES), João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), membros da Comissão de Direitos Humanos do Senado irão ao Rio na próxima terça-feira, 6, para acompanhar as investigações da Polícia Civil do Rio sobre a morte do coronel da reserva do Exército Paulo Malhães, na quinta-feira, 24, no sítio onde morava, na zona rural de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Nessa terça, 29, o grupo se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que afirmou que, por determinação dele, a Polícia Federal acompanhará e apoiará as investigações no que for necessário.

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Nessa terça, o caseiro de Malhães, Rogério Pires, foi preso após, segundo a polícia, confessar que facilitou a entrada de seus irmãos Anderson e Rodrigo no sítio do coronel. O plano do trio era roubar armas e bens. Rogério não teria participação na morte do militar, que teria sido acidental, e não seria o mentor do crime. Os irmãos, que trabalhavam como pedreiros, estão foragidos. Um deles, não identificado pela polícia, responde a um processo por estupro.

O homem que estava encapuzado ainda não foi identificado pela Polícia Civil. Ontem delegado titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Pedro Henrique Medina, afirmou que o caseiro não disse quem era o criminoso, mas não descarta que seja uma pessoa próxima. "Não temos informações sobre o encapuzado, pode ser um elemento mais precavido. Tudo é possível porque o caseiro era uma pessoa que tinha relação com ele (Malhães)".

"Não estão descartadas outras possibilidades (de queima de arquivo ou homicídio por vingança). Apesar de as evidências serem mínimas (é possível) que haja um autor intelectual que tenha fins escusos como se fosse uma queima de arquivo, mas é uma possibilidade muito pequena. O crime contra o patrimônio estava planejado (há um mês)", afirmou após entrevista coletiva na terça.

Um irmão de Rogério, Paulo Pires, esteve na DHBF nesta quarta-feira, 30, para visitar o caseiro.

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