Senador vê como 'natural' preparação de Gabrielli para CPI

Walter Pinheiro, do PT, diz que denúncia da revista Veja não passa de um 'circo'

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Por Tiago Décimo
Atualização:
Hoje secretário de Planejamento da Bahia, Gabrielli segue sem comentar as denúncias sobre a Petrobrás Foto: André Dusek/Estadão

O senador baiano Walter Pinheiro (PT) saiu em defesa do colega de partido e ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli e desqualificou as denúncias da revista Veja. A publicação apontou, em reportagem publicada na edição desta semana, que teriam sido previamente combinadas com Gabrielli e com a atual presidente da estatal, Graça Foster, as perguntas que seriam feitas a eles na CPI da Petrobrás, instalada no Senado. "É natural que um grupo de trabalho realize o que a gente chama de prévia, que junte materiais e dados e sente com os que vão depor para fazer uma espécie de treino, e isso foi feito", alegou Pinheiro, em entrevista a uma rádio baiana. "Estão fazendo um circo – aliás, circo, não, porque circo é da arte. O que está acontecendo é que, como não houve aquele espetáculo que muita gente esperava da CPI, ficam gerando fatos. Quem é que não se prepara previamente para um interrogatório? É natural." Pinheiro ainda questionou o papel da oposição durante os interrogatórios da CPI no Senado. "Será que os senadores e deputados de oposição participaram dos treinamentos (dos depoentes)? Eles entregaram antes as perguntas que iam fazer?", argumentou. "Claro que não, eles chegaram na hora e perguntaram." O senador, porém, relevou que, caso algum documento considerado secreto tenha sido vazado do Congresso, a questão precisa ser investigada. "Se um parlamentar tem acesso a um documento desse tipo, na chamada 'sala secreta', ele lê o documento, mas não pode retirar nem cópia dele", explicou. “Se houve um vazamento desse tipo de documento, é preciso que seja apurado. Aí, efetivamente, deve ser punido o culpado.” Hoje secretário de Planejamento da Bahia, Gabrielli segue sem comentar as denúncias sobre a Petrobrás. Segundo sua assessoria de imprensa, o ex-presidente da estatal diz que só vai ser pronunciar sobre o tema “nos autos”.

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