Senador que se diz indeciso sobre impeachment participa de cerimônia com Temer e faz discurso

Otto Alencar (PSD-BA) ainda não anunciou oficialmente o seu posicionamento sobre o impeachment de Dilma Rousseff, emvotação no Senado

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Por Carla Araujo e Tania Monteiro
Atualização:

BRASÍLIA - Sem responder oficialmente qual é o seu posicionamento a respeito do processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff, o senador Otto Alencar (PSD-BA) participa nesta terça-feira, 9, de cerimônia de lançamento do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, no Palácio do Planalto. O senador foi convidado a falar e fez um discurso. Ele é o primeiro senador a se pronunciar em um evento público no Planalto desde que Temer assumiu a Presidência interina. Segundo interlocutores, o afago ao senador indeciso é um estratégia do Planalto para atrair seu voto e ter uma boa vitória na votação do relatório da comissão especial no Plenário, que dá continuidade no processo de impeachment e acontecen no Senado nesta terça. 

Senador Otto Alencar (PSD-BA) ainda não anunciou oficialmente o seu posicionamento sobre o impeachment de Dilma Rousseff Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

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O projeto de revitalização do São Francisco tem sido defendido pelo senador. É considerado primordial para seu Estado e para se capitanear politicamente. Quando Dilma estava na Presidência, Otto sempre se queixava que a pestista não o atendia e nem ouvia seus pleitos. "Não há projeto mais importante para o Nordeste Brasileiro do que esse", disse. "Com esse projeto o senhor será um cidadão nordestino", completou.

Além de ministros, o presidente do Senado, Renan Calheiros, também está presente na cerimônia, sentado ao lado de Temer. A ideia do presidente em exercício, depois da cerimônia, é acompanhar o desenrolar das discussões da votação do relatório no Congresso. Nos últimos dias, quem está operando no Senado, em nome do governo, é o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que tem repassado os relatos ao Planalto. Na última votação, em maio, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, entrou na operação para ajudar o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Nesta segunda portanto, se houver necessidade Padilha entra de novo na articulação junto aos senadores,assim como os ministros

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