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Roberto Jefferson reassume comando do PTB e diz que não guarda ressentimento de Lula

Após obter perdão da pena de sete anos e 14 dias de prisão no processo do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson reassumiu na manhã desta quinta-feira em Brasília a presidência do PTB

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Por Pedro Venceslau
Atualização:
Roberto Jefferson reassume liderança 

BRASÍLIA- Após obter perdão da pena de sete anos e 14 dias de prisão no processo do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson reassumiu na manhã desta quinta-feira em Brasília a presidência do PTB e afirmou que “não guarda ressentimento” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

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“A presidente Dilma já reconheceu que é carta fora do baralho. Sobre o ex-presidente Lula, eu não guardo ressentimento”, afirmou. Para o petebista, que foi o principal operador político de Fernando Collor no processo de impeachment de 1992, a semelhança com o pedido contra Dilma é a corrupção. "Foi uma Fiat Elba. Ninguém é perfeito. Mas o Collor, perto do Lula, é menino de procissão".

Jefferson foi o principal articulador do PTB na negociação que levou a bancada da sigla a apoiar o formalmente o impeachment de Dilma e se reuniu com o vice-presidente Michel Temer para tratar do assunto. 

Pelas contabilidade de Jefferson, 15 dos 19 deputados petebistas votarão pela saída da presidente no domingo. 

 “Ele merece chegar ao centro do teatro político no epilogo do PT no cenário nacional”, disse a deputada Cristiana Brasil (RJ). "O PTB vai estar unido ao lado do governo que vai reunificar o Brasil", afirmou em seguida. 

Filha de Jefferson, ela assumiu a presidência do PTB quando ele foi condenado. O evento de hoje, que contou com um boneco inflável do ex-presidente Lula vestido de presidiário, sacramentou a decisão da bancada de apoiar o impeachment. 

 Jefferson foi condenado a sete anos e 14 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Pivô do mensalão, ele afirmou que existia um esquema de pagamento de propina envolvendo parlamentares da base aliada para dar sustentação ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e acabou tendo redução de pena.

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Armando. Jefferson também disse que, se o impeachment for aprovado, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro Neto (PTB-PE), não permanecerá em um eventual governo Michel Temer (PMDB) na cota petebista. "Com a Dilma caindo ele não se sustenta mais. Sai junto com ela", afirmou.