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Renan indica senadores que faltavam para CPI da Petrobrás

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Por Débora Alvares
Atualização:

BRASÍLIA - Mesmo contra a vontade da oposição, a primeira reunião da CPI da Petrobrás no Senado foi marcada para esta quarta-feira, 14. Nesta terça, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu escolher por conta própria os três oposicionistas para completar a comissão, mas dois deles já anunciaram que não vão assumir as vagas.Num movimento de pressão pela instalação da CPI mista para investigar a estatal com a participação dos deputados, PSDB, DEM e Solidariedade se recusaram a indicar nomes para participar da investigação sobre as irregularidades da Petrobrás. Diante dessa situação, Renan escolheu ele próprio os nomes que representariam a oposição na CPI. Os indicados foram os senadores de Goiás Cyro Miranda (PSDB), Lúcia Vânia (PSDB) e Wilder Morais (DEM). Até agora, apenas Miranda ainda não formalizou a desistência da indicação. "Estou surpresa de ter sido indicada, mas não vou gastar energia nessa CPI. Vamos lutar até o fim pela CPMI", disse a tucana no plenário, logo após o anúncio dos nomes por Renan.Em reação à escalação feita por Renan, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), destacou a preferência da oposição pela CPI mista. "Não indiquei por estar fazendo corpo mole. Inclusive essa CPI só existiu porque nós da oposição lutamos por ela. Mas porque, tendo conseguido superar as barreiras que o governo colocou, obtivemos um número avassalador de deputados e, por essa razão, queremos que funcione efetivamente a CPI mista", destacou. O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), corroborou da fala de Aloysio: "Meu partido tem decisão formada e não vai gastar energia nenhuma com a comissão do Senado". O movimento de Renan atende às demandas do Palácio do Planalto, que tem preferência pela instalação da CPI exclusiva do Senado, onde a base aliada mais fiel proporciona um clima menos adverso durante as investigações. "As bancadas que não indicaram seus integrantes são as mesmas que ingressaram na Justiça para que a investigação ocorresse. Por isso e para que não haja suposições sobre a celeridade das investigações, vejo-me obrigado a indicar os membros da CPI", disse o presidente em plenário.

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