Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi informado por volta das 6h30 da prisão do líder do governo na Casa, Delcídio Amaral (PT-MS), e da busca e apreensão realizada nos gabinetes que ocupa no Congresso. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi uma das pessoas que avisaram Renan das diligências.
Por ser líder, Delcídio tem a seu dispor um gabinete pessoal, que fica localizado no 25º andar do anexo I, uma das torres do Congresso, e também o gabinete da liderança do governo no Senado. As diligências foram realizadas pela Polícia Federal, sob o acompanhamento da Polícia Legislativa do Senado.
A prisão de Delcídio foi motivada pela tentativa de tentar evitar que o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró mencionasse ele e o banqueiro André Esteves em sua delação premiada. Uma conversa do petista foi interceptada pela Polícia Federal.
Nesses casos, os autos serão remetido dentro de 24 horas à Casa Legislativa respectiva - no caso de Delcídio, o Senado - para que, por voto da maioria dos membros, resolva sobre a prisão. Caberá ao presidente do Senado, outro alvo da Operação Lava Jato, conduzir a sessão que decidirá o futuro de Delcídio.
A Turma do Supremo Tribunal Federal que tem decidido as questões da Operação Lava Jato se reúne esta manhã em sessão extraordinária e, provavelmente, deve discutir medidas referentes à prisão de Delcídio.