BRASÍLIA - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), elogiou nesta terça-feira, 25, a decisão do governo da presidente Dilma Rousseff de anunciar um corte de ministérios e cargos comissionados. Ele ressalvou, entretanto, que a redução poderia ter sido feita lá atrás, como a primeira medida da reforma do Estado.
"Eu acho que é uma boa iniciativa da presidente, isso poderia ter sido feito lá atrás. Eu fundamentalmente defendo corte de ministérios, cargos em comissão e a reforma do Estado para garantir mais eficiência da máquina pública", disse Renan, em entrevista na chegada ao Senado.
O peemedebista destacou que, embora não tenha sido consultado pela presidente, sempre defendeu as medidas anunciadas ontem pelo governo, que devem ser implementadas até o final de setembro. Ele destacou que a reforma do Estado é um grande exemplo do que se pode fazer para o ajuste fiscal. Os dois cortes, entretanto, não representam grandes economias de receitas, tendo um caráter mais simbólico.
Questionado se a proposta poderia causar uma insegurança na base aliada, que deve perder ministérios, Renan disse que "sinceramente" não sabe o que o governo está pensando. Mas frisou que a medida é "coerente com o ajuste fiscal que o governo está pretendendo fazer".
O presidente do Senado disse que fará um esforço para votar tudo que está na Agenda Brasil, conjunto de iniciativas anticrise lançadas por ele. "Vamos ouvir líderes, instalar a comissão que vai cuidar de todos os pontos desta agenda. É importante para o Brasil que a gente avance com relação a este objetivo", disse