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Renan diz que PMDB nunca fechou questão em favor de Temer

Senador contradiz presidente do partido, Romero Jucá, que ameaçou dissidentes em rede social

Foto do author Pedro  Venceslau
Por Pedro Venceslau e Elizabeth Lopes
Atualização:

No dia da votação da admissibilidade da denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer, no plenário da Câmara dos Deputados, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que já foi líder do partido na Casa, disse nesta quarta-feira, 2, que o PMDB nunca fechou questão para salvar o mandato do correligionário. "Nunca houve fechamento de questão no PMDB", disse ele, em entrevista à rádio CBN, emendando: "Evidentemente que vai haver dissidência na bancada do PMDB." A declaração contraria o anúncio feito na terça-feira, 1, pelo presidente da legenda, senador Romero Jucá (RR), em sua conta no Twitter. De acordo com Jucá, o partido fechou questão em relação à denúncia contra o presidente Temer. E ameaçou os dissidentes: "Reafirmo que, como presidente do partido, qualquer ato em contradição a essa decisão sofrerá consequências". Mesmo com a afirmativa, a bancada na Câmara não está afinada com essa determinação, dentre eles, Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) que foi o primeiro relator da denúncia na CCJ, que foi derrotado e preterido por um parecer favorável a Temer. Na entrevista à CBN, Renan criticou o governo Temer, dizendo que "com a cooptação de parlamentares" deverá atingir 2/3 dos votos. "Acho que a oposição não deveria dar quorum. Seria inexplicável no futuro participar de um jogo de cartas marcadas pela cooptação de parlamentares. A oposição não deveria comparecer." Ainda nas críticas, o peemedebista disse que é público e explícito o fisiologismo no governo Temer. "O governo está implodindo o ajuste que se impôs, a revisão da meta é um horror. É mentira que houve aumento de emprego, a reforma trabalhista foi exagerada", disparou.