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Renan diz que o governo 'envelheceu'

Em novas críticas ao Planalto, presidente do Senado elogia solução para correção do Imposto de Renda, mas diz que base aliada continua 'capenga'

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Por João Domingos
Atualização:
"Uma coisa é uma negociação no Congresso Nacional, produzindo uma MP como consequência disso. E outra coisa é uma aliança que tem muita dificuldade", afirmou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Foto: Dida Sampaio/Estadão

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), elogiou a solução encontrada para a

correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física

, que surgiu a partir de uma negociação entre o governo e o Congresso. Mas criticou o governo e a base aliada. "Esse governo parece que envelheceu", afirmou ele. E a base de sustentação da presidente, segundo Renan, continua "capenga". A declaração foi dada nesta quarta-feira, 11, na chegada de Renan ao Congresso.

"Uma coisa é uma negociação no Congresso Nacional, produzindo uma MP como consequência disso. E outra coisa é uma aliança que tem muita dificuldade." Ele afirmou que do ponto de vista da aliança de apoio ao governo não se resolveu nada. Mas lembrou que não fala pelo partido. "Eu falo pelo Congresso."

Ele disse ainda que do ponto de vista do Congresso, houve uma inversão em tudo o que vinha sendo feito até aqui desde que devolveu ao Palácio do Planalto na semana passada a MP que aumentava o imposto sobre a folha de pagamentos das empresas.

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Com relação às negociações que levaram à nova tabela de correção do IR da pessoa física, exigida pelo PMDB e pelo Congresso, Renan afirmou que mostra uma nova fase nas relações entre o Parlamento e o Executivo. "Entendo que a edição da MP como produto de uma negociação no Congresso amplia sem dúvida alguma o papel do Congresso Nacional, das duas Casas, e muda um pouco a sistemática até então adotada de edição de medida provisória."

Para Renan, a relação do Congresso com o governo vai ser sempre institucional. "Porque, eu disse, e queria repetir, o Congresso cada vez mais vai ser Congresso. Meu papel, como presidente do Congresso, é zelar por suas prerrogativas. E eu estou disposto a zelar pelas prerrogativas até o último limite."

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