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Renan diz que abuso de autoridade não é investigado por 'não ter lei'

Autor do projeto sobre tema afirma que texto está pronto para ser votado na CCJ sem necessidade de novas audiências

Foto do author Julia Lindner
Por Julia Lindner e Isabela Bonfim
Atualização:

BRASÍLIA - O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considera que o projeto que atualiza a Lei do Abuso de Autoridade, de sua autoria, está pronto para ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, sem a necessidade de novas audiências públicas sobre o tema.

Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado Foto: Evaristo Sá|AFP

"Nós já fizemos duas sessões temáticas, trouxemos o Ministério Público duas vezes, trouxemos o juiz (Sérgio) Moro, de modo que quem fala que não houve audiência pública está apenas defendendo a necessidade de delongar a aprovação de um projeto que é urgente", defendeu. Segundo Renan, no Brasil "não tem como investigar casos de abuso de autoridade porque não tem lei". A proposta do abuso de autoridade entrou na pauta de votações do plenário do Senado em dezembro do ano passado, após duas sessões temáticas de discussão. Na época, o então presidente da Casa foi acusado de agir em retaliação às investigações da Operação Lava Jato. O projeto acabou sendo rejeitado pelas lideranças partidárias e devolvido à CCJ. Na quarta-feira, 29, uma articulação entre senadores da base governista e da oposição possibilitou acelerar a tramitação do projeto na Casa. Após a inversão na pauta da CCJ, o texto ganhou prioridade e poderá ser votado já na próxima quarta-feira, 5. Nos dois dias anteriores devem ocorrer audiências públicas para discutir o tema, a pedido de senadores que são contrários ao texto.

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