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Renan elogia escolha de Temer para Ministério da Justiça

Com liderança do partido no Senado em xeque, Renan amenizou críticas ao presidente e cumprimentou-o por por Torquato Jardim à frente do Ministério da Justiça

Por Isabela Bonfim
Atualização:

BRASÍLIA - Às vésperas de uma reunião que pode tirá-lo da liderança do PMDB do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) fez nesta segunda-feira, 29, elogios ao presidente Michel Temer e à bancada do partido pela nomeação de Torquato Jardim para o Ministério da Justiça. Em discurso na tribuna, Renan deixou de lado as críticas recorrentes ao governo e cumprimentou o presidente pela troca de comando na Justiça. Hoje, a bancada formada 22 senadores decide se ele continua à frente do PMDB na Casa.

“Cumprimento o presidente Michel Temer pela nomeação de um ministro da Justiça digno do nome, que pode exercer neste momento difícil papel de interlocução na vida nacional.”

Líder do PMDB no Senado Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Renan também agradeceu a visita de Temer ao seu Estado, no domingo. “Agradeço ao presidente da República por sua ida a Alagoas em um momento em que os alagoanos se desesperavam com a enchente”, disse.

O senador também procurou afastar boatos de que poderá tentar dificultar a tramitação da reforma trabalhista. Um posicionamento diferente do adotado na semana anterior, quando indicou que, com a prerrogativa de líder, poderia fazer modificações na composição dos peemedebistas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), na qual será votado o projeto.

Reunião. Na quinta-feira passada, 14 dos 22 senadores do PMDB se reuniram para discutir a possibilidade de afastamento de Renan da liderança da bancada. Os parlamentares haviam se reunido mais cedo com o presidente Michel Temer, onde a questão também foi debatida. Uma nova reunião ficou agendada para a tarde de hoje. O ex-presidente do Senado disse que não tem receio da decisão da bancada. “Não temo nada. É fundamental que a bancada converse, estabeleça as diretrizes e as prioridades e decida o que quer fazer. A bancada, e não o governo”, ironizou. Para chegar a um acordo e se manter na liderança, Renan deve propor uma atuação menos conflituosa à frente da bancada. A solução seria ele se abster de falar pelo PMDB em matérias mais polêmicas, como as reformas. 

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