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Relator quer ouvir 12 parlamentares em processo contra Jean Wyllys no Conselho de Ética

Deputado do PSOL (RJ) é acusado de ato atentatório por te cuspido em direção ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) no dia da votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara

Por Daiene Cardoso
Atualização:
O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) cuspiu na direção do parlamentar Jair Bolsonaro (PSC-RJ) após votar na Câmara Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃO

BRASÍLIA - O deputado Ricardo Izar (PP-SP) anunciou nesta terça-feira, 25, que pretende chamar 12 parlamentares para prestar depoimento no Conselho de Ética em um dos processos por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Izar é relator da ação disciplinar instaurada no início do mês na qual Wyllys é acusado de ato atentatório por ter cuspido em direção ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) no dia da votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara.

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O relator apresentou nesta terça-feira, 25, seu plano de trabalho para a fase de instrução probatória, que vai durar 30 dias úteis. Izar sugeriu a convocação dos deputados Luiz Sérgio (PT-RJ), Covatti Filho (PP-RS), Marcus Vicente (PP-ES), delegado Éder Mauro (PSD-PA), Chico Alencar (PSOL-RJ), Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), Alberto Fraga (DEM-DF), Ezequiel Teixeira (PP-MT), além do ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que na ocasião era líder da bancada peemedebista. As oitivas ficaram pré-agendadas para 8 e 9 de novembro.

Izar sugeriu também a oitiva do representado e dos deputados Jair e Eduardo Bolsonaro (PSC-SP). O presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), ponderou que Jair e Eduardo se envolveram diretamente no conflito em plenário e por isso vai procurar a consultoria do conselho para decidir se autoriza a oitiva de ambos nessa fase processual.

O processo contra Wyllys é fruto de seis representações levadas à Corregedoria da Casa, sendo duas delas do ator Alexandre Frota. A Mesa Diretora aprovou o encaminhamento das representações e sugeriu a suspensão do mandato parlamentar por até seis meses. Caberá ao Conselho de Ética arquivar ou dar continuidade ao processo. O prazo para análise da representação é de 60 dias úteis.