PUBLICIDADE

Comissão do impeachment recusa requerimentos de governistas

Senadores requisitavam documentos a órgãos públicos que poderiam servir de prova contra a acusação de pedaladas; segundo Anastasia, defesa poderá trazer todas as certidões na reunião desta sexta-feira quando a comissão ouvirá o advogado-geral da União

Por Isabela Bonfim e Luísa Martins
Atualização:

BRASÍLIA - Governistas sofreram mais uma derrota na comissão do impeachment nesta quinta-feira, 28. Após o relator do processo, Antonio Anastasia (PSDB-MG), negar requerimentos apresentados por senadores da base do governo, os demais senadores também rechaçaram a proposta.

Os governistas pediam em requerimentos que a comissão recebesse documentos e certidões de órgãos públicos que, segundo eles, isentariam a presidente de responsabilidade por qualquer crime fiscal. Após a negativa do relator, os senadores do PT pediram que os recursos fossem votados. Com minoria em plenário, eles foram derrotados.

Sessão da comissão do impeachment no Senado Foto: André Dusek|Estadão

PUBLICIDADE

Ao final da votação, Anastasia afirmou que, por se tratarem de documentos públicos, a defesa poderá trazer todas as certidões na reunião desta sexta-feira, 29, quando a comissão ouvirá a apresentação do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, além dos ministros Nelson Barbosa (Fazenda) e Kátia Abreu (Agricultura). Um representante do Banco do Brasil também é esperado. 

No início da sessão, Anastasia rejeitou os requerimentos de senadores governistas sob alegação de que diligências e documentos novos não devem ser apresentados ou analisados nesta fase do processo, em que a comissão discute apenas a admissibilidade da denúncia enviada pela Câmara. Em seu entendimento, novos documentos devem ser analisados apenas no julgamento.

Os governistas pediam notas taquigráficas, certidões de decreto de créditos suplementares e comprovações se subvenções do Plano Safra contemplam ato assinado pela presidente.

"Queremos demonstrar que não houve participação da presidente, que não houve crime, por isso pedimos para apresentar essas certidões. Nos impedir de trazer esses documentos é cercear o nosso direito de defesa", afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.