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Relação civilizada com oposição favorece o País, diz Dilma

Para ministra, "sem parceria entre Estados, municípios e União" é difícil realizar certas obras de infra-estrutura e garantir o sucesso de implantação do PAC

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Por Agencia Estado
Atualização:

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu nesta segunda-feira que a relação entre o governo federal e os governos estaduais, considerando também os governadores da oposição, seja aprofundada para garantir o sucesso de implantação dos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O argumento da ministra vem em linha com as declarações feitas nesta manhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu programa semanal de rádio, no qual que defendeu uma aproximação com a oposição. Dilma se reuniu com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), no Palácio das Mangabeiras. "Sem parceria entre Estados, municípios e União é muito difícil certas obras de infra-estrutura serem encaminhadas devidamente", afirmou a ministra. Para ela, a relação "civilizada entre oposição e governo", cria um ambiente mais efetivo, com maior eficiência de investimentos, com capacidade maior de realização de projetos para o conjunto da população. Apesar desta aproximação, a ministra revelou que na conversa com o governador mineiro, a repartição de recursos da CPMF com Estados e Municípios, não chegou a ser tratada. A iniciativa vem sendo defendida por Aécio e líderes do PSDB, que condicionaram a aprovação da prorrogação do imposto a esta divisão. "Isso não está em discussão, não foi cogitado", disse. Projetos A ministra foi a Belo Horizonte para discutir os projetos de saneamento básico e habitação que poderão ser contemplados pelo PAC. "Começamos os processos de discussão para elencar os projetos que sejam passíveis de execução imediata e que contemplem regiões metropolitanas mais carentes, tanto no que se refere à captação e tratamento de esgoto, quanto no que se refere à água", relatou. Na área da habitação, conforme a ministra, uma das prioridade será a urbanização de favelas, já que uma parte expressiva da população de baixa renda do Brasil, reside em condições precárias. No âmbito das rodovias que cortam o Estado, Dilma disse esperar que até o mês de julho ocorra a abertura do processo de licitação das concessões. A ministra da Casa Civil evitou tecer considerações sobre o atraso na concessão de licenças ambientais para as Usinas do Rio Madeira, informando apenas que as discussões em torno do assunto têm sido travadas entre o Ibama e o Ministério das Minas e Energia. "O governo está interessado em que a questão ganhe um padrão de eficiência compatível com as exigências de infra-estrutura do País", afirmou.

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