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Reformas política, trabalhista e tributária são prioridades do PSDB em governo Temer, diz Aécio

Presidente nacional do partido reiterou que apoio do PSDB ao futuro governo não envolve negociação de cargos

Por Isabela Bonfim
Atualização:
  Foto: WILTON JUNIOR | ESTADÃO

BRASÍLIA - O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), reforçou o apoio de seu partido a um eventual governo Temer e enumerou questões consideradas prioritárias para aprovação no Congresso Nacional. "A primeira delas é a reforma política, que eu acho essencial. Temos que restringir o número de partidos políticos. Também precisamos aprovar reformas no campo trabalhista e no campo tributário", disse Aécio.

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Aécio disse ter conversado nesta quarta-feira, 11, por telefone com Michel Temer e o vice-presidente se mostrou receptivo às sugestões tucanas. "Vejo nele determinação de incorporar nessa agenda prioritária muitas das propostas que apresentamos a ele."

O tucano também cobrou uma ação enérgica de Temer. Segundo ele, é preciso causar uma boa impressão desde o começo e, por isso, o vice-presidente deve ousar. "O governo Temer, quando chegar, tem que ousar. Tem que surpreender e surpreender positivamente o Brasil. Nós estaremos estimulando que ele faça isso."

Aécio reiterou que o apoio do PSDB ao futuro governo não envolve negociação de cargos, mas que o vice-presidente está "livre para buscar no PSDB quadros qualificados para compor o seu governo". "Nós não vetaremos a participação de ninguém", garantiu.

Eleições 2018. O presidente do PSDB também rebateu críticas de que o partido poderia se desgastar participando de um governo Temer. "Em vez da omissão, que seria um caminho mais cômodo neste momento, o PSDB terá um compromisso com o País. Perguntam se não pode ser prejudicial ao PSDB em 2018. Não importa, que seja. Nós vamos estar ao lado do Brasil", afirmou.

Para o tucano, PSDB, DEM e PPS serão a grande novidade no governo Temer - partidos que disputaram e perderam as eleições de 2014 e que, até agora, estavam na oposição ao governo Dilma. "Vamos apoiar o governo de transição. Sabemos dos riscos desse governo, mas acho que deve ser registrado como o gesto de um partido responsável", defendeu. 

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