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Reforma representa ‘governismo de cooptação’, diz Aécio

Para o senador, Dilma apenas tem focado suas ações na agenda da sucessão presidencial e 'a lógica que rege as ações do governo não é do interesse nacional, é do interesse eleitoral'

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Por Erich Decat
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do PSDB e provável presidenciável tucano, senador Aécio Neves (MG), classificou nesta segunda-feira, 3, a reforma ministerial iniciada pela presidente Dilma Rousseff como um retrocesso e um modelo de "governismo de cooptação".

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"É uma reforma que anda para trás, uma reforma que atende ao interesse do partido e, provavelmente, nos próximos dias, dos aliados", disse Aécio durante visita a Cascavel, no Paraná. "Não temos um governismo de coalizão, como se estabeleceu chamar essa ampla e heterogênea aliança que conduz o Brasil. Nós temos, na verdade, um governismo de cooptação."

Para o senador, Dilma apenas tem focado suas ações na agenda da sucessão presidencial e "a lógica que rege as ações do governo não é do interesse nacional, é do interesse eleitoral".

"Já dizia isso há algum tempo e reitero hoje: há mais de ano não temos uma presidente da República full time. Temos uma candidata à presidente da República full time."

O tucano mineiro afirmou ainda que a mudança no primeiro escalão do governo federal é uma "reforma onde os feudos do PT são garantidos".

Marketing’. Aécio reiterou críticas à gestão da petista e chamou o programa Mais Médicos - uma das vitrines do governo que a presidente Dilma deve utilizar durante a campanha eleitoral - de "uma peça de marketing".

"Porque o mesmo governo que traz médicos para atuarem no Brasil - e sempre defendi que eles pudessem vir, mas passando pelo Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas) - é o que fechou, nos últimos dois anos, 13 mil leitos hospitalares", disse o senador.

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Ele também repetiu críticas à gestão econômica e cobrou investimentos em infraestrutura. Para Aécio, após "demonizar" as privatizações, o governo faz agora concessões de forma "atabalhoada".

Na capital do Paraná, o tucano também afirmou que a gestão Dilma "descrimina" o Estado comandado pelo correligionário Beto Richa na aplicação de recursos. "É inexplicável, injustificável que haja perseguição a qualquer Estado da Federação", disse.

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