Rede vai ao STF para impedir que Cunha assuma Presidência

Na semana passada, o PSB também avisou que recorrerá à Corte contra o presidente da Câmara

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Por Isabela Bonfim
Atualização:

BRASÍLIA - O partido Rede Sustentabilidade vai ingressar nesta terça-feira, 3, com duas ações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O objetivo é tentar impedir que Cunha siga no cargo ou ocupe, eventualmente, a Presidência da República na ausência do titular e do vice. O PSB também já avisou, na semana passada, que tentará impedir Cunha na Presidência.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

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Na edição desta terça-feira, o Estado mostrou que, com a iminente chegada do vice Michel Temer à Presidência da República, a linha sucessória do País será formada por dois políticos que, juntos, respondem a, pelo menos, 18 pedidos de investigação no Supremo Tribunal Federal. Cunha já é réu em uma ação penal no Supremo, além de responder a uma denúncia e a três outros inquéritos no contexto da Operação Lava Jato. Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), responde atualmente a 12 inquéritos no Supremo, 9 deles relacionados às investigações sobre o esquema de corrupção da Petrobrás.

Supremo. Na quinta-feira, 28, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que vai levar para a discussão sobre o pedido de afastamento do presidente da Câmara o fato de o peemedebista ser réu na Corte e poder assumir a Presidência, caso haja o impeachment da presidente Dilma Rousseff e Temer se ausente para uma viagem ao exterior, por exemplo. "Esse assunto precisa ser examinado. Eu vou levar (ao plenário)", disse o ministro, que é relator da Lava Jato no STF.

A saída de Cunha da presidência da Câmara foi pedida em dezembro do ano passado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Desde então, o processo está parado no STF.

Juristas divergem sobre se Cunha pode ficar na linha sucessória.