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Quintal "despreza" acusação de tortura

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Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, coronel Josias Quintal, reagiu à acusação de que teria participado de torturas durante o regime militar. Seu nome foi incluído pelo grupo Tortura Nunca Mais em uma lista apresentada na quarta-feira à ONU, em que constam os nomes de 444 torturadores brasileiros. "Coitada dessa gente", ironizou o secretário, que considera a acusação injusta. "Nunca neguei que trabalhei no Exército. Eu era capitão e exercia uma função burocrática. Daqui a pouco vão acusar os datilógrafos". O coronel trabalhou por dois anos no setor de análise de documentos do Departamento de Operações Internas - Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi), principal órgão de repressão do regime militar. O Tortura Nunca Mais defende a tese de que todos aqueles que participaram de alguma maneira do aparelho repressor devem ser incluídos na lista. "Isso é uma grande balela, é um péssimo serviço para o País. Uma falta de patriotismo", disse Quintal. Há um ano, o secretário afirmou se orgulhar de seu trabalho no Doi-Codi. Na época, o Tortura Nunca Mais havia pedido ao governador Anthony Garotinho (PSB) que o afastasse do cargo. Quintal desafiou seus acusadores a provarem que ele tenha participado de alguma sessão de tortura. "Desafio esses irresponsáveis a provarem. É uma posição sectária, intransigente, injusta e obscura". O secretário disse que hoje o País tem uma democracia consolidada. "O Brasil cresceu muito, a democracia é uma realidade. Nossa Constituição é uma das que mais privilegia as liberdades individuais". Por fim, Quintal garantiu que tratará a situação com "desprezo absoluto". "Não dou importância a essas histórias bobas", afirmou.

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