PT volta a pressionar por medidas alternativas ao ajuste fiscal

Em uma reunião no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 28, deputados da sigla apresentaram uma proposta de mudança da tabela do Imposto de Renda, cuja ideia central uma maior taxação para quem ganha mais

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Por Isadora Peron
Atualização:

Brasília - O PT vai insistir em caminhos alternativos ao ajuste fiscal como solução para reequilibrar as contas do governo. Em uma reunião no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 28, deputados da sigla apresentaram uma proposta de mudança da tabela do Imposto de Renda, cuja ideia central é uma taxação maior para quem ganha mais.

A sugestão dos petistas baseia-se em duas frentes: ampliar a faixa de isenção, para beneficiar a classe média, e aumentar a taxa cobrada conforme a faixa salarial do contribuinte. As alíquotas, que hoje são cinco, passariam para oito, e teriam uma variação de 0 a 40%. Hoje o teto da cobrança é de 27%.

O ministro Joaquim Levy Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Pelo documento apresentado do PT, quem ganha menos de R$ 3.390 ficaria isento da taxação. Já quem recebe mais de R$ 108.480, pagaria 40%.

Segundo o líder do partido na Câmara, Sibá Machado (PT-AC), essa e outras propostas elaboradas pela bancada podem assegurar uma arrecadação de R$ 70 bilhões ao ano para os cofres públicos.

O encontro dos deputados petistas com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) aconteceu no mesmo dia em que a executiva nacional da sigla se reuniu em Brasília. Nesta quinta, o partido deve apresentar uma resolução em que voltará a defender mudanças na política econômica do governo. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, porém, será poupado, a pedido do Planalto.

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