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PT quer apurar infração administrativa em pedido de buscas na sede do partido

Direção da sigla disse que não há relação direta entre o esquema envolvendo contratos no Ministério do Planejamento e a direção do partido

Por Ricardo Galhardo
Atualização:
Polícia Federal realizou buscas na sede do partido em São Paulo Foto: Estadão

O advogado do PT Luis Bueno foi instruído pela sigla a avaliar a possibilidade de que tenha havido infrações administrativas por parte dos procuradores da República responsáveis pela Operação Custo Brasil, no pedido de buscas na sede do partido autorizado pela 6ª Vara Federal de São Paulo. A interlocutores, o presidente da legenda Rui Falcão comentou que não consegue ver a justificativa para que tenha havido a busca na sede do PT, porque não existe relação direta entre a direção do partido e os fatos investigados na operação.

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Rui já deixou a sede da legenda, onde a PF esteve por mais de seis horas nesta manhã fazendo buscas na secretaria de Finanças da legenda. Em nota oficial divulgada nesta tarde, o PT classifica a operação de "desnecessária" e "midiática". "Em meio à sucessão de fatos e denúncias envolvendo políticos e empresários acusados de corrupção, monta-se uma operação diversionista na tentativa renovada de criminalizar o PT", diz o texto.

"O PT, que nada tem a esconder, sempre esteve e está à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.", segue a nota. 

A Custo Brasil é uma ação conjunta da PF com o Ministério Público Federal e a Receita Federal do Brasil e apura o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG.

Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva nos estados de São Paulo, do Paraná, do Rio Grande do Sul, de Pernambuco e do Distrito Federal, todos expedidos, a pedido da Federal, pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo.

A íntegra da nota do partido:

“Nota Oficial do PT

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O Partido dos Trabalhadores condena a desnecessária, midiática, busca e apreensão realizada na sede nacional de São Paulo.

Em meio à sucessão de fatos e denúncias envolvendo políticos e empresários acusados de corrupção, monta-se uma operação diversionista na tentativa renovada de criminalizar o PT.

A respeito das acusações assacadas contra filiados do partido, é preciso que lhes sejam assegurados o amplo direito de defesa e o princípio da presunção de inocência.

O PT, que nada tem a esconder, sempre esteve e está à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.

São Paulo, 23 de junho de 2016.

Comissão Executiva Nacional do PT”  

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