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PT pernambucano acusa Campos de campanha antecipada

Em representação feita ao TSE, diretório da legenda diz que governador de Pernambuco, que renuncia ao cargo nesta sexta, usou propaganda para exaltar imagem

Por Ana Fernandes
Atualização:

São Paulo - O diretório estadual do PT de Pernambuco entrou com representação contra o pré-candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) por suposta realização de campanha eleitoral antecipada. Segundo nota publicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite dessa quinta-feira, 3, a legenda pede que o tribunal aplique "punição ao político por propaganda extemporânea". Nesta sexta, 4, Campos deixa o governo do Estado para disputar as eleições.

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O PT alega na representação que o jornal Folha de Pernambuco publicou, em 21 de março, "diversas propaganda eleitorais subliminares ao representado [Eduardo Campos], exaltando sua imagem pessoal expressamente, enumerando suas realizações políticas de forma clara, pedindo implicitamente votos e referindo-se ao atual governador como exemplo de gestor, projetando-se a sua ascensão política em nível nacional com a pré-candidata Marina Silva". A representação traz ainda trechos da publicação que comprovariam "o intuito eleitoral das publicidades".

Uma das matérias apresentadas na ação fala do desempenho de Campos enquanto governador de Pernambuco: "o acúmulo de bons resultados verificados ao longo dos quase oito anos do governo Eduardo Campos transformou o socialista em uma referência nacional para o enfrentamento de problemas que aparecem perpetuados no Brasil. Os altos índices de aprovação credenciaram o pernambucano a candidatar-se à Presidência da República".

"Pela legislação em vigor, a propaganda eleitoral somente poderá ser feita a partir do dia 6 de julho do ano da eleição. A Lei prevê multa de R$ 5 mil a R$ 25 mil ao responsável e o seu beneficiário, caso este tenha conhecimento prévio da mesma.", diz a nota do TSE.

Campos renuncia ao mandato após comandar o Estado por 7 anos e 3 meses. Ele assinou a carta renúncia nessa quinta e transmitirá o cargo para o vice, João Lyra Neto (PSB). Na sucessão pernambucana, o PT não terá candidato próprio e vai apoiar o senador Armando Monteiro (PTB).

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