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PT acionará Justiça contra cartazes em que Dilma e Lula aparecem como 'procurados'

Os cartazes, colados em postes no centro de São Paulo e algumas cidades do interior, são os mesmos que os exibidos por manifestantes na quarta-feira, 6, no plenário da Câmara dos Deputados, durante a votação do ajuste fiscal

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Por Valmar Hupsel Filho
Atualização:
Cartaz colado na Praça João Mendes, centro de São Paulo, em protesto a aprovação da MP 655 que restringe o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial. Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

Atualizado às 19h09

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São Paulo - O PT vai entrar com uma ação para pedir que a Justiça apreenda e descubra a autoria de cartazes em que os nomes e as fotos da presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, aparecem abaixo do carimbo de "Procurado". Em nota assinada pelo presidente do diretório estadual do partido em São Paulo, Emídio de Souza, o PT repudia a ação e a classifica como "covarde e fascista". 

O partido afirma ainda que pedirá a instauração de investigação policial para que se identifique os responsáveis pelo patrocínio e distribuição dos cartazes "que têm evidente motivação causar danos e constrangimentos à imagem do PT e de seus representantes".

"Uma coisa é a crítica, mas o que são se pode fazer é achincalhar a imagem das pessoas desse jeito. Trata-se de uma ação típica de quem faz essa política rasteira, às escuras", disse Emídio.

Os cartazes são feitos aos moldes dos usados nos EUA na época da ocupação do velho oeste. Com programação visual que lembra papel antigo, Dilma e Lula são retratados como culpados pelo "roubo" de direitos trabalhistas. 

O foco são as Medidas Provisórias 664 e 665, que dificultam o acesso dos trabalhadores a benefícios como seguro-desemprego e pensão por morte. "Roubou meu seguro-desemprego, meu abono (PIS/Pasep), roubou o seguro-defeso dos pescadores e metade das pensões das viúvas. Recompensa: um país melhor", diz o cartaz. 

Colados em postes no centro de São Paulo e algumas cidades do interior nesta quinta-feira, os cartazes são os mesmos que os exibidos por manifestantes na quarta-feira, 7, no plenário da Câmara dos Deputados, durante a votação do ajuste fiscal. Na mesma hora e local estavam dezenas de pessoas usando coletes da Força Sindical. 

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O presidente da Força, Miguel Torres, nega que a Força seja a responsável pela confecção e distribuição dos cartazes. "Ali na Câmara estava todo mundo misturado", disse. A Força não se mete nessas questões partidárias porque tem dirigentes de diversos partidos em seus quadros", completou. 

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