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PSDB destaca ao TSE declaração de Santana de que Dilma sabia de caixa 2

Partido entrega manifestação à corte eleitoral com trechos de depoimentos de casal de marqueteiros sobre uso de recursos não contabilizados em campanha

Por Erich Decat
Atualização:

BRASÍLIA - Autor da ação que investiga no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possível abuso de poder político e econômico da chapa Dilma-Temer de 2014, o PSDB, nas alegações finais, ressalta que os depoimentos prestados pelo marqueteiro João Santana e por sua mulher, Mônica Moura, acentuam as irregularidades cometidas pela petista e o partido nas últimas eleições presidências. Já a defesa da ex-presidente afirma que o casal aprsentou "afirmações falsas" à corte eleitoral. Em manifestação encaminhada ao TSE na segunda-feira, 8, os advogados do presidente Michel Temer (PMDB) afirmaram que uma eventual cassação do peemedebista criaria um “perigosíssimo precedente”.

Mônica Moura, esposa e sócia do publicitário João Santana Foto: Rodolfo Buhrer/REUTERS

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O marqueteiro atuou para a campanha presidencial do PT nos anos de 2006, 2010 e 2014.

O documento do PSDB, de quatro páginas, também foi apresentado na segunda-feira, 8, ao TSE e nele, assim como feito nas primeiras alegações finais do processo, o PSDB considera que o então candidato à vice-presidente Michel Temer não tem responsabilidade nos possíveis ilícitos cometidos por Dilma e o PT. Atualmente aliado do governo Temer, o PSDB, na ação inicial encaminhada ao TSE no final de 2014, considerava como “réus” Dilma e Temer.

Nas alegações, os advogados do PSDB colocam a transcrição dos principais trechos dos depoimentos do casal realizados no último dia 24 de abril ao ministro Herman Benjamin, relator da ação de impugnação da chapa Dilma-Temer.

Entre as partes destacadas está a que o publicitário afirma que Dilma “infelizmente” sabia do uso de recursos não contabilizados em sua campanha, repassados pela Odebrecht. No depoimento, o marqueteiro disse ainda que Dilma, assim como os políticos em geral, sofria de “espécie de amnésia moral” quando deparada com a questão do uso de caixa 2 nas campanhas.

Após a nova coleta de depoimentos realizadas no âmbito do processo, integrantes do PSDB acreditam que não haverá novos adiamentos. Segundo alguns integrantes da legenda, o próximo dia 25 é uma possível data para que o julgamento seja retomado e concluído no plenário do TSE.