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PSB quer empenho de Renata na eleição

Partido garante à Renata papel importante na candidatura de Marina; ela será a primeira pessoa consultada sobre futuro da sigla

Por Isadora Peron
Atualização:
Lágrimas. Renata Campos se emocionou ao ouvir músicas religiosas cantadas por coral Foto: Ed Ferreira/Estadão

RECIFE - Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos (PSB), vai desempenhar um papel importante na campanha da ex-ministra Marina Silva à Presidência. Figura constante ao lado do marido, seu nome vem sendo cogitado até mesmo para ocupar a vice na nova chapa do PSB. Em nota enviada ontem, o partido afirmou que ela será a primeira pessoa a ser consultada para discutir o futuro da legenda na disputa presidencial.

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A viúva ainda não falou sobre o assunto, mas já sinalizou disposição de levar adiante o legado do marido, que deixou o governo de Pernambuco em abril deste ano para disputar a Presidência. Ela própria convocou uma reunião para hoje, para reiterar o apoio integral ao nome escolhido por Campos para representá-lo na sucessão estadual, o do ex-secretário Paulo Câmara.

'Marina e Renata'.

Irmão de Campos, o advogado e escritor Antônio Campos, avalia que, neste momento, a viúva deve optar por dar prioridade à criação dos cinco filhos, embora reconheça que ela seja "um importante quadro político".

Ontem, um dos refrões entoados pela multidão durante o enterro de Campos - que morreu na quarta-feira passada na queda do jato Cessna em Santos, no litoral paulista - fazia referência a essa possibilidade: "É tudo ou nada. Marina e Renata", gritavam os populares.

O favorito para o posto de vice de Marina, porém, é o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque, candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul.

Sonho.

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Mesmo que Renata não seja a vice da chapa, aliados acreditam que ela vai se engajar intensamente na campanha porque vencer esta eleição presidencial era o grande sonho do marido, pai de seus cinco filhos.

Depois do trágico acidente que tirou a vida de Campos, Renata tem dito a amigos que gostaria de ver Marina como cabeça de chapa.

Desde que a vice desembarcou no Recife, ela passou a maior parte do tempo ao lado da viúva (mais informações abaixo). Renata fez questão de tê-la por perto nos momentos mais importantes, como no trajeto feito com o caixão em cima de um carro de Bombeiros até o cemitério.

De perfil discreto, "dona Renata", como é chamada, costumava participar ativamente das decisões políticas de Eduardo Campos e do PSB. A opinião dela, afirmam correligionários, sempre teve peso nas escolhas do marido.

Com 45 anos de idade, ela nunca disputou um cargo público, mas é filiada ao PSB desde 1991. Formada em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ela é auditora concursada do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, mas passou os últimos anos afastada do cargo enquanto o marido governou Pernambuco (2007-2014).

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