Protestos preocupam Planalto

Interlocutores do presidente reforçam que o próprio Temer destacou que os protestos não deveriam ser violentos, mas salientam que há sim um temor de que o episódio de hoje possa inflar os atos que estão sendo convocados para o dia 4, em São Paulo

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Por Carla Araujo e Tania Monteiro
Atualização:
Temer decidirá quando o projeto vai ao Congresso Foto: MARCOS CORREA | DIV

Brasília - Depois de o presidente Michel Temer (PMDB) dizer nesta terça-feira, 29, que o governo não devia se preocupar com as manifestações e que elas são legítimas numa democracia, o acirramento dos protestos que acontecem neste momento na Esplanada gerou preocupação no Palácio do Planalto. Ainda não há previsão de uma declaração do presidente - seja por meio do porta-voz ou de nota oficial.

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Interlocutores do presidente reforçam que o próprio Temer destacou que os protestos não deveriam ser violentos, mas salientam que há sim um temor de que o episódio de hoje possa inflar os atos que estão sendo convocados para o dia 4, em São Paulo. A manifestação foi convocada contra um eventual projeto de anistia ao caixa 2. E mesmo depois da explicação de Temer de que o projeto não avançaria os movimentos que foram responsáveis pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff - Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Nas Ruas - querem fazer o ato "contra todos os corruptos".

Há também protestos contra a PEC do Teto e contra a MP do Ensino Médio sendo convocados para o dia 11, véspera da previsão do segundo turno da votação da PEC no Senado.

Em relação à votação do primeiro turno da PEC do Teto, que está acontecendo no Senado, um auxiliar do presidente disse que ainda é cedo para avaliar o impacto dos protestos e se a manifestação pode interromper os trabalhos e atrapalhar o objetivo do governo de aprovar a matéria hoje em primeiro turno. 

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