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'Processo de investigação não é sentença', diz Eunício Oliveira

Presidente do Senado minimizou o fato de ter sido inserido na 'lista Janot'

Por Isabela Bonfim
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), minimizou nesta quarta-feira o fato de ter sido inserido na chamada “lista Janot” em que constam os parlamentares que deverão ser investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Lava Jato.

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) Foto: André Dusek|Estadão

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“Processo de investigação não é sentença. Confio na Justiça do meu Brasil”, afirmou Eunício ao chegar ao Senado. A lista de políticos que deverão ser investigados foi entregue nesta terça-feira, 14, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF.

Apesar dos desgastes políticos com o surgimento dos nomes daqueles que deverão ser alvo de inquérito no STF, o senador defendeu que as atividades no Congresso não fiquem paralisadas.

“Essa Casa vai saber separar. A justiça vai cuidar da Justiça e a Casa vai cuidar daquilo que precisamos fazer que são as reformas, revogar leis arcaicas e aprovar leis novas, se forem necessárias, para destravar o crescimento do Brasil”, ressaltou.

Além do presidente do Senado, também constam na lista de Janot outros nomes da cúpula político-partidária como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG). A PGR também pediu investigação para ao menos cinco dos 29 ministros de Temer (PMDB). São eles Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Kassab (PSD), das Comunicações, Bruno Araújo (PSDB), das Cidades, e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), das Relações Exteriores. Os casos dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva e dos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega devem ser remetidos à primeira instância, como os petistas perderam o foro privilegiado.

Reforma – Antes de chegar ao Senado, o senador Eunício Oliveira participou de encontro no Palácio do Planalto com o presidente Michel Temer para tratar da elaboração de uma nova proposta de reforma política. A reunião também contou com a participação do deputado Rodrigo Maia e como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes.