BRASÍLIA - O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), minimizou nesta quarta-feira o fato de ter sido inserido na chamada “lista Janot” em que constam os parlamentares que deverão ser investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Lava Jato.
“Processo de investigação não é sentença. Confio na Justiça do meu Brasil”, afirmou Eunício ao chegar ao Senado. A lista de políticos que deverão ser investigados foi entregue nesta terça-feira, 14, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF.
Apesar dos desgastes políticos com o surgimento dos nomes daqueles que deverão ser alvo de inquérito no STF, o senador defendeu que as atividades no Congresso não fiquem paralisadas.
“Essa Casa vai saber separar. A justiça vai cuidar da Justiça e a Casa vai cuidar daquilo que precisamos fazer que são as reformas, revogar leis arcaicas e aprovar leis novas, se forem necessárias, para destravar o crescimento do Brasil”, ressaltou.
Além do presidente do Senado, também constam na lista de Janot outros nomes da cúpula político-partidária como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG). A PGR também pediu investigação para ao menos cinco dos 29 ministros de Temer (PMDB). São eles Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Kassab (PSD), das Comunicações, Bruno Araújo (PSDB), das Cidades, e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), das Relações Exteriores. Os casos dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva e dos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega devem ser remetidos à primeira instância, como os petistas perderam o foro privilegiado.
Reforma – Antes de chegar ao Senado, o senador Eunício Oliveira participou de encontro no Palácio do Planalto com o presidente Michel Temer para tratar da elaboração de uma nova proposta de reforma política. A reunião também contou com a participação do deputado Rodrigo Maia e como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes.