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Presidente interino tenta antecipar depoimento de Vaccari na CPI da Petrobrás

Proposta do deputado tucano Antônio Imbassahy causou bate-boca na comissão; decisão final sobre a data será do presidente Hugo Motta (PMDB), que está em viagem pela Itália

Por Daniel de Carvalho e Daiene Cardoso
Atualização:

Atualizado às 20h05 Brasília - A data do depoimento do tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás na Câmara causou nesta terça-feira, 31, bate-boca entre deputados governistas e oposicionistas. A proposta do primeiro-vice-presidente da CPI, Antônio Imbassahy (PSDB-BA), de ouvir Vaccari Neto no dia 9 motivou a reação dos petistas. Imbassahy presidiu a sessão desta terça, já que o presidente Hugo Motta (PMDB-PB) está na Itália em viagem pessoal.

Marcada para o dia 9, uma vez que o presidente tem poder para decidir sobre o calendário de forma monocrática, a data ainda será discutida com Motta quando ele retornar ao País, no dia 7. Para o relator da comissão, Luiz Sérgio (PT-RJ), a "pressa" do primeiro-vice-presidente da CPI da Petrobrás para convocar o tesoureiro nacional do PT se deve às manifestações contra o governo marcadas para o dia 12 em todo o Brasil.

Vaccari causa racha no PT Foto: Carlos Villalba Racines/EFE

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"Acho que o atropelo é para obedecer a uma lógica política. Essa CPI, com objetivo de investigar, não pode se submeter a pautas externas. Essa modificação, ao meu ver, obedece a essa lógica", afirmou. Sérgio disse que havia combinado com o presidente da CPI, por mensagem de celular na noite desta segunda-feira, 30, que Vaccari Neto viria em 23 de abril. Num primeiro momento, a assessoria de Motta confirmou o dia, mas depois recuou.

Pelo calendário apresentado por Imbassahy, o empresário Augusto Mendonça, do Grupo Toyo Setal, será ouvido no dia 14. O relator da CPI tentou inverter as datas, mas não obteve sucesso. No dia 7, será tomado o depoimento do novo diretor de Gás e Energia da PetrobráPresidens, Hugo Repsold. 

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