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Presidente do Conselho de Ética compara casos de Cunha e Delcídio: 'Lá o Renan não atrapalha'

José Carlos Araújo afirma que processo contra o presidente da Câmara já é o mais longo do colegiado

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Por Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PR-BA), afirmou na tarde desta quarta-feira, 4, que o processo disciplinar contra o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) terá um desfecho mais rápido que o do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não interfere no processo. "Aqui é uma coisa, lá o Renan não atrapalha, ele deu celeridade. Lá Delcídio não é presidente", declarou.

O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo Foto: André Dusek|Estadão

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O pedido de cassação de Delcídio já foi aprovado pelo Conselho de Ética do Senado e está em fase de análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) daquela Casa. A expectativa é que o processo do ex-petista seja julgado no plenário ainda nesta semana.

O processo contra Cunha já é o mais longo da história do colegiado na Câmara e não tem previsão de ser analisado no plenário. A representação do PSOL e da Rede está em andamento desde novembro do ano passado, mas uma série de manobras regimentais retardaram o andamento do processo, como troca de relator e nova votação da admissibilidade da ação. "É o processo mais longo do conselho, mas nunca nesta Casa foi julgado o presidente da Câmara", lembrou Araújo.

A fase de instrução do processo termina no dia 19 de maio e Araújo pretende convidar Cunha para depor no conselho até esta data. O presidente da Câmara disse que ainda está analisando essa possibilidade.

Testemunhas. Nenhuma das quatro testemunhas de defesa arroladas pelo peemedebista havia confirmado presença no colegiado até esta quarta-feira. Nesta tarde, a defesa de Cunha informou a troca de uma testemunha: de seu advogado Antônio Fernando de Souza pelo advogado Reginaldo Oscar de Castro, que deve comparecer no dia 11. O professor de Direito Tadeu de Chiara, que havia declinado do convite, informou que agora poderá depor. Também são esperados os depoimentos dos advogados suíços Didier de Montmollin e Lúcio Velo.

Ao final do prazo de instrução, o relator Marcos Rogério (DEM-RO) terá dez dias para apresentar seu parecer final. 

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