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Prefeito de BH declara luto; Capiberibe suspende agenda

Por Suzana Inhesta e MARCELO PORTELA E ALCINÉA CAVALCANTE
Atualização:

O prefeito de Belo Horizonte (MG) e uma das principais lideranças do PSB em Minas Gerais, Márcio Lacerda, em declaração à imprensa nesta quarta-feira, 13, decretou luto de três dias devido ao falecimento do candidato à Presidência da República pelo partido, Eduardo Campos. Campos era cidadão honorário de capital mineira. Ele leu uma nota de pesar sobre o falecimento de Eduardo Campos lamentando o ocorrido. "Trata-se de uma grande perda para a vida pública do País. Foi uma das gratas revelações da política brasileira nos últimos anos. Em todos os momentos da sua trajetória política, Eduardo sempre se relevou um intransigente defensor da democracia e um gestor eficiente, moderno e dinâmico", declarou. Segundo ele, a morte de Campos empobrece não somente o debate na sucessão presidencial, mas também a "necessária e permanente" discussão sobre os rumos que o Brasil precisa tomar, independentemente do que seria o resultado eleitoral.O prefeito recebeu a notícia quando estava se dirigindo para casa, para almoçar. "Foi um choque, uma pancada no peito", confessou. Ele comentou que o processo eleitoral continuará, mas que o novo presidenciável pelo partido vai ser decidido nos próximos dias em reunião entre os seus representantes. "Não sei se será Marina Silva, vamos aguardar", falou, dizendo que também ainda não sabe se vai a Santos ou nas homenagens prestadas a Campos. A última vez que Eduardo Campos esteve em Minas Gerais foi em 26 de julho, quando foi a Juiz de Fora participar do lançamento oficial de Tarcísio Delgado (PSB) a uma vaga no palácio Tiradentes. Em maio, recebeu a cidadania honorária na capital mineira e foi a ExpoZebu, em Uberaba. Amapá O governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), candidato à reeleição, suspendeu sua agenda de campanha por causa da morte de Campos.Camilo enfatizou que o PSB perde seu presidente nacional e o Brasil perde uma liderança que qualificou a política e que tinha muito ainda a contribuir."Não tenho palavras para traduzir o sentimento de tristeza e desamparo político com a morte do nosso presidente nacional Eduardo Campos", disse.O presidente do PSB no Amapá, senador João Capiberibe, disse que está tentando entender o que aconteceu e que é muito difícil aceitar a perda de um líder que tinha uma trajetória social indiscutível, com políticas para mudar o Brasil. "É um impacto enorme para nós, um momento de muito sofrimento". E pediu que todos adotem como mantra uma de suas últimas frases: "não vamos desistir do Brasil, é aqui que vamos criar nossos filhos".O senador Randolfe Rodrigues (PSOL) lembrou que conheceu Eduardo Campos no ano de 2000, aqui mesmo no Amapá, numa manifestação de combate à corrupção da qual Campos participou. Ele disse que recebeu a notícia da morte com pesar, tristeza e perplexidade. "O Brasil perde muito nesse momento"Em nota a Assembleia Legislativa do Amapá disse que foi com perplexidade que o Parlamento Estadual recebeu a notícia de sua morte. O presidente da Assembleia, deputado Junior Favacho (PMDB) ressaltou que "mais que uma promessa da política, Eduardo Campos já protagonizava uma das mais belas carreiras públicas no país".O governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), além de suspender sua agenda de candidato à reeleição, decretou luto oficial por três dias. Para o candidato do PTdoB ao governo do Amapá, Bruno Mineiro - que apoia Aécio Neves - , a morte de Campos interrompe um ciclo de renovação nos quadros da política nacional.

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