PUBLICIDADE

PP fechará questão pró-impeachment e punirá dissidentes

Antes, o partido tinha liberado deputados a votar como quisessem; reunião da executiva nacional acontece nesta sexta

PUBLICIDADE

Por Igor Gadelha
Atualização:

BRASÍLIA - O PP vai anunciar nesta sexta-feira, 15, que fechará questão a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional. Com a decisão, o partido punirá os parlamentares que não seguirem a orientação da legenda. 

PUBLICIDADE

Apesar de a cúpula do PP já ter articulado o fechamento de questão, a decisão só será oficialmente anunciada na sexta, após reunião da Executiva Nacional do partido. Pelo estatuto da sigla, o fechamento deve ser aprovado tanto pela bancada no Congresso quanto pela Executiva.

Parlamentares do grupo pró-impeachment do PP estão colhendo assinaturas para fazer o pedido oficial de convocação da reunião da Executiva Nacional. A previsão é de que o encontro ocorra durante a manhã de sexta-feira. 

Embora já tivesse anunciado posição majoritária pró-impeachment, na prática o PP tinha liberado seus deputados a votarem como quiserem, ao afirmar que não puniria os parlamentares dissidentes.

Com o fechamento de questão, a direção do PP espera que todos os 46 deputados do partido votem a favor do impeachment no domingo, 17. Até então, a cúpula da sigla previa que seis parlamentares continuariam votando contra o impedimento da petista. 

Motivo. A decisão de fechar questão se deu após a ala liderada pelo deputado Eduardo da Fonte (PE) continuar negociando espaço no governo Dilma Rousseff em troca de apoio contra o impeachment, mesmo após o partido desembarcar do governo.

Ontem, Fonte conseguiu emplacar José Rodrigues Pinheiro Dória no comando do Ministério da Integração, após Gilberto Occhi, também indicado pelo PP, renunciar ao cargo. Até então, Dória eram secretário nacional de Irrigação da Pasta, também indicado pelo PP. 

Publicidade

Punição. Deputados do PP prometem pedir a expulsão daqueles parlamentares que não votarem a favor do impeachment e a intervenção dos diretórios regionais, caso a direção desses diretórios apoie o voto contra o impedimento de Dilma

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.