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PMDB do Rio se reúne nesta segunda para eleger membros do diretório e da executiva nacional

Uma das polêmicas envolvendo a legenda, a candidatura do secretário-executivo da Prefeitura do Rio, Pedro Paulo à prefeitura da capital, está fora fora da pauta oficial do encontro; Segundo Picciani, sigla já o definiu como candidato e 'não há discussão sobre o tema'

Por Idiana Tomazelli
Atualização:

RIO - O PMDB realiza nesta segunda, 23, sua convenção estadual no Rio de Janeiro para eleger novos membros do diretório e da executiva nacional do partido. Mas uma das polêmicas envolvendo a legenda - a candidatura do secretário-executivo da Prefeitura do Rio, Pedro Paulo Carvalho, à sucessão do atual prefeito Eduardo Paes – está fora fora da pauta oficial do encontro. O que não impede que o assunto venha a ser discutido no evento.

"O partido já definiu o Pedro como nosso candidato, não há discussão sobre o tema", disse ao Estado o deputado estadual Jorge Picciani, presidente do PMDB no Estado e também presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Picciani acrescentou que a candidatura de Pedro Paulo é "unanimidade" e refutou boatos de que alguns quadros do PMDB fluminense já questionam o nome do secretário, envolvido em acusações de violência doméstica. Por três vezes, entre 2008 e 2010, foram abertos registros em delegacias de Polícia Civil no Rio e em São Paulo acusando-o de agressões cometidas contra a então mulher Alexandra Marcondes.

  Foto: Divulgação

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O primeiro caso a vir a público ocorreu em 2010, no apartamento em que Pedro Paulo vivia com Alexandra no Rio. À época, ambos fizeram exame de corpo-delito no Instituto Médico Legal (IML). Ela chegou a ter um dente quebrado por causa das agressões a socos e pontapés.

Após declarar que aquele havia sido o único episódio de agressão a Alexandra, Pedro Paulo se viu envolvido em novas acusações. Em dezembro de 2008, os casal circulava de carro em São Paulo quando o secretário espancou a ex-mulher com socos no rosto e no corpo. Na última quinta-feira, 19, a revista Época revelou que o peemedebista também foi acusado de ameaçá-la em 2010. Eleinvadiu o prédio em que ela estava, tentou derrubar a porta do apartamento e gritou que sumiria com a filha do casal, então com três anos.

Embora a candidatura de Pedro Paulo não esteja na pauta de debates, Picciani afirmou que, na plenária de amanhã, "os microfones estarão abertos" para eventuais manifestações sobre o caso, e que o PMDB não tem como tradição "limitar nenhum tipo de discussão".

A convenção terá início às 10h, quando devem chegar ao diretório estadual do PMDB, no centro do Rio, as principais lideranças do partido na política fluminense. Além de Picciani, a comitiva incluirá o governador Luiz Fernando Pezão, o ex-governador Sérgio Cabral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, padrinho político do pré-candidato e, possivelmente, Pedro Paulo. Convidado, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, não confirmou presença.

Atual presidente do PMDB no Estado do Rio, Picciani afirmou que há um “consenso” dentro da legenda de que ele deve continuar à frente do diretório estadual.

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