Pimentel vê falta de fundamento em reportagem de Veja

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Por Redação
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Belo Horizonte, 26/10/2014 - O governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), evitou comentar a decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral Admar Gonzaga, que impediu a revista Veja de veicular publicidade em rádio, TV, outdoor e internet de sua edição desta semana. Pimentel, que votou na manhã deste domingo, 26, em uma escola estadual da zona Sul de Belo Horizonte, limitou-se a dizer que não "discutiria" uma decisão da Justiça.Além de proibir a Veja de fazer publicidade da edição, o ministro concedeu direito de resposta ao PT no site da revista. De acordo com Pimentel, para tomar a decisão o ministro Admar Gonzaga deve ter tido motivos. "Não discuto decisão da Justiça. Ela decidiu e certamente teve motivos para isso. Como cidadão, assisti a uma coisa triste. Um órgão de imprensa publica uma matéria sem qualquer fundamento, sem uma prova, sem uma fonte", criticou.O governador eleito de Minas questionou a forma como a revista publicou a notícia. A reportagem da revista apresentou trechos do que seria o depoimento do doleiro Alberto Youssef, preso em Curitiba, no Paraná, dizendo que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff sabiam de um suposto esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. "Lamentamos, principalmente nesse final, o que tem sido feito por um órgão de imprensa que eu não vou mencionar, que denigre o jornalismo e o envergonha", afirmou. Amigo de adolescência de Dilma e ex-ministro de seu governo, Pimentel voltou a defender que a interlocução com o governo de Minas será facilitada no caso da reeleição da presidente. Em seu comício em Belo Horizonte, dia 18, Lula revelou que o governador eleito de Minas teme "não dar conta" de governar o Estado caso Aécio Neves (PSDB) seja eleito presidente. "Tenho muito mais facilidade com a presidenta Dilma, que é do meu campo político, inclusive com relação de amizade. Mas isso não altera o que é uma obrigação institucional. Vamos ter boas relações com todo mundo", disse Pimentel, que chegou ao local de votação acompanhado de militantes do PT, de deputados e ex-deputados. (Alex Capella)

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