PF prende sócio e diretor financeiro de empresa que pagou propina para a BR Distribuidora

Executivos estão na mira das autoridades na 9ª fase da Lava Jato; testemunha contou que a empresa pagava propina para obter informações privilegiadas e contratos com a BR Distribuidor

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Por Andreza Matais
Atualização:

 BRASÍLIA -A Polícia Federal cumpriu mandado de prisão preventiva contra o sócio da Arxo, GilsonJoão Pereira, eo diretor financeiro da empresa, Sérgio Ambrósio Maçanerro. Os dois estavam em Itajaí (SC) e são acusados de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobrás investigado pela Lava Jato. Uma testemunha que trabalhou na área financeira da Arxo contou aos investigadores que a empresa pagava propina para obter informações privilegiadas e contratos com a BR Distribuidora. Um outro sócio da empresa estaria voltando dos Estados Unidos e deve se entregar assim que desembarcar no Brasil. 

Com sede em Piçarras (SC), a Arxo é alvo de buscas nesta quinta-feira, 5. Por ora, o nome da colaboradora não foi divulgado. As informações dela complementaram investigações da PF e foram um dos motivos da nova etapa. A Lava Jato suspeita que o esquema tenha continuado, apesar do escândalo que já dura quase um ano na estatal petrolífera.

A Polícia Federal deflagrou a9ª fase da Operação Lava Jato nesta quinta-feira, 5, erealizou buscas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina para cumprir 66 mandatos de prisões. Na foto, policiais que participaram das buscas em Itajaí, Santa Catarina. Foto: Marcos Porto/Agência RBS

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A Arxo divulgou nota nesta quinta-feira, na qual informa que está colaborando com as investigações. Veja a íntegra:

"A ARXO informa que o setor administrativo da empresa está com atividades suspensas, no momento, para que nossos profissionais possam prestar informações solicitadas pela Receita e Polícia Federal. A intenção da empresa é contribuir com o trabalho das autoridades, ajudando-os com todo e qualquer esclarecimento necessário. A produção fabril opera sem alterações."

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