Pezão e Paes reafirmam apoio a Dilma no Rio

A despeito da aliança com DEM, aliado de Aécio, líderes do PMDB dizem que não vão 'cuspir no prato'

Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

RIO - Três dias após afirmar que seu palanque será aberto a três candidatos à presidência da República, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), reiterou nesta quinta-feira seu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). "Sou Dilma. Não vou cuspir no prato que comi nos últimos sete anos e meio. Fizemos parcerias importantíssimas para o Rio. Vou trabalhar pela presidente Dilma", afirmou Pezão, ao lado do prefeito Eduardo Paes (PMDB), durante visita ao complexo da Maré, na zona norte.

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Paes, que no último domingo se rebelou contra a entrada do DEM na coligação do PMDB, procurou mostrar total sintonia com o governador e disse que vai se empenhar pela reeleição de Dilma. Logo no início de seu discurso, ele fez uma brincadeira, unido Dilma e Pezão como se fosse um ato falho: "Quero cumprimentar o governador Dilmão, quero dizer, Pezão. Mas eu não resisto", afirmou.

A aliança entre DEM e PMDB fortaleceu o movimento "Aezão", que prega o voto conjunto no governador Pezão e no candidato tucano à Presidência, senador Aécio Neves.

Paes afirmou que não vai fazer campanha para o candidato da coligação de Pezão ao Senado, o ex-prefeito e atual vereador Cesar Maia (DEM). "Não gosto do Aezão. Eu sempre disse que meus candidatos são Pezão e Dilma. O que fiz nos últimos dias foi vocalizar mais essa posição", afirmou o prefeito.

Pezão, por sua vez, disse que fará campanha por Maia, aliado de Aécio, e que não há constrangimento em fazer aliança com partidos que apoiam Dilma ou Aécio, além do PSC do presidenciável Pastor Everaldo. "O candidato do PT (o senador Lindbergh Farias) tem três candidatos à presidência no palanque: a Dilma, o Eduardo Campos (candidato do PSB) e o Eduardo Jorge (presidenciável do PV)", comparou Pezão.

Tanto Paes como Pezão culparam o PT-RJ pela dissidência do PMDB, liderada pelo presidente regional Jorge Picciani, que lançou o movimento Aezão. "Foi o PT que decidiu romper a aliança e criou essa situação", afirmou Paes.

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