'Petista bom é petista morto', diz panfleto atirado em local de velório de Dutra

Polícia vai investigar quem são os responsáveis pelo ato de hostilidade; ex-senador, que morreu de câncer no último domingo, é velado em Belo Horizonte

PUBLICIDADE

Por Leonardo Augusto
Atualização:

BELO HORIZONTE - Passageiros de um carro jogaram na frente do Funeral House, em Belo Horizonte, onde acontecerá nesta segunda-feira, 5, o velório do ex-senador José Eduardo Dutra (PT), panfletos com a frase "Petista bom é petista morto". O ex-parlamentar morreu no domingo, 4, na capital mineira, vítima de câncer. A polícia vai investigar quem são os responsáveis pelos panfletos, a partir da identificação do veículo usado no ato de hostilidade.

Panfleto atirado em frente ao velório do ex-senador José Eduardo Dutra, em Belo Horizonte Foto: Leonardo Augusto/Estadão

PUBLICIDADE

O grupo também jogou outro panfleto, no qual uma montagem mostra uma foto da presidente Dilma Rousseff (PT) como se estivesse sentada em um vaso sanitário, e a frase "Só faz cagada". Abaixo, o número 7%, referência ao índice de aprovação do governo, e uma imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a PM, os soldados que faziam o policiamento durante o velório  não viram o carro que passou ao menos três vezes antes de jogar os panfletos. O veículo era um Volkswagen Saveiro preto. 

O ex-senador José Eduardo Dutra morreu na madrugada de domingo, 4, em Belo Horizonte (MG) Foto: FOTO ED FERREIRA/AE

Dutra morreu na madrugada de domingo em Belo Horizonte, onde estava morando com a mãe. O ex-parlamentar morreu aos 58 anos vítima de câncer. Dutra foi também presidente da Petrobrás e do PT nacional.

Lula. Dentre os presentes no velório do ex-senador estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, ao chegar, não falou com a imprensa.

Protestos. Um protesto também acontece na porta do local acontece o velório. O aposentado Cipriano de Oliveira, de 60 anos, que afirma ser ligado ao grupo Patriotas, disse que Lula é corrupto e quer implantar o comunismo no Brasil. Questionado se o momento seria impróprio, Cipriano respondeu: "qualquer momento é momento de mandar um bandido embora. Até no enterro da minha mãe eu faria isso". "Não aprovamos a presença de Lula em Minas", disse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.