'Seria muito indelicado recusar convite de Dilma para discutir interesse do País', diz Marconi Perillo

Mesmo com aumento da tensão entre governo e oposição nas últimas semanas, o governador de Goiás afirma não ver 'nada de mais' em participar de reunião com a presidente; tucanos devem se reunir antes para discutir qual será a pauta do partido no encontro

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Por José Roberto Castro e FRANCISCO CARLOS DE ASSIS E RICARDO CHAPOLA
Atualização:

SÃO PAULO - O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), disse não ver "nada de mais" na participação de governadores de oposição na reunião da próxima quinta-feira, 30, com a presidente Dilma Rousseff. Para ele, seria "extremamente indelicado recusar um convite" da presidente para discutir assuntos de interesse do País. Perillo disse que os cinco governadores do PSDB devem se reunir antes do encontro com a presidente Dilma para definir a pauta do partido.

A presidente Dilma Rousseff, ao lado do governador de Goias, Marconi Perillo (PSDB) Foto: ED FERREIRA/ESTADÃO

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Em um momento em que o PSDB aumenta o tom de oposição ao governo e adere à pauta dos movimentos de rua, Perillo disse que não é possível adiantar quais serão as reivindicações dos tucanos no encontro com a presidente, mas lembrou que os governadores "têm responsabilidade de gestão" e que os Estados enfrentam problemas de caixa com a crise econômica. "Não interessa a nenhum de nós o prolongamento da crise econômica", disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, ao chegar para uma feira dos setores de avicultura e suinocultura em São Paulo.

No encontro, na quinta-feira, a presidente deve anunciar que não vetará a proposta aprovada pelo Congresso que permite a Estados e municípios usarem os recursos de depósitos judiciais e administrativos. Com os recursos, os Estados poderão pagar precatórios, dívida pública, investimentos e despesas previdenciárias.

"É preciso conversar muito, todos nós, sobre o que está acontecendo hoje na economia, na política, as dificuldades que os governos enfrentam por causa da recessão", disse o governador de Goiás.

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