Pequena diferença de votos facilitou escolha de PGR, diz líder do PSDB no Senado

Raquel Dodge ficou em segundo lugar, com apenas 34 votos a menos que Nicolao Dino; Paulo Bauer defendeu que votação justificou escolha 'sem constrangimento'

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Por Isabela Bonfim e Thiago Faria
Atualização:
Temer escolheu Raquel, que ficou em segundo lugar na lista tríplice Foto: Amanda Perobelli/Estadão

BRASÍLIA - O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), afirmou que a pequena diferença de votos na eleição da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) facilitou para que o presidente Michel Temer justificasse sua escolha pela segunda colocada, a subprocuradora Raquel Dodge. 

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"O número de votos foi muito próximo. Ficou mais fácil para o presidente justificar sua escolha sem nenhum constrangimento e nenhuma dificuldade política ou institucional", defendeu o senador. 

Raquel Dodge não venceu a disputa entre os procuradores. Com 621 votos, o subprocurador Nicolao Dino ficou em primeiro lugar na votação para a formação da lista tríplice para sucessão de Rodrigo Janot. Logo atrás, Raquel Dodge obteve 587 votos, seguida por Mario Bonsaglia, com 564 votos.

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A tradição de formação da lista tríplice iniciou-se em 2001. Até agora, a lista tríplice para o cargo de Procurador-Geral da República só não foi acatada em sua primeira edição. A partir de 2003, o então presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, passou a reconhecer e prestigiar a escolha dos procuradores da República para o cargo de chefe do órgão.

Segundo o presidente da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), José Robalinho, se o presidente Michel Temer tivesse escolhido Nicolao Dino – o primeiro colocado da lista tríplice como próximo da Procuradoria-Geral da República –, “certamente, teria mais respaldo da classe”

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