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Pedido de cassação de Cunha é lido em plenário e poderá ser votado após duas sessões

Sob pressão da oposição e da base aliada, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu dividir com líderes partidários a responsabilidade de definir a data da votação

Por Igor Gadelha
Atualização:
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Foto: Ed Ferreira|Estadão

BRASÍLIA - O deputado federal Hildo Rocha (PMDB-MA) leu, no início da sessão plenária desta segunda-feira, 8, as decisões do Conselho de Ética e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara relacionadas ao processo de cassação do ex-presidente da Casa e deputado afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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Com a leitura, o pedido de cassação de Cunha aprovado pelo Conselho de Ética deverá ser incluído como prioridade na pauta do plenário em até duas sessões, após ser publicado no Diário Oficial da Casa. A prioridade, porém, não obriga que o pedido seja julgado. Caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcar a data da votação.

Maia tinha prometido ler a decisão do conselho e da CCJ nesta segunda-feira. Embora esteja em seu gabinete na Casa, o presidente da Câmara optou por pedir para outro deputado ler as decisões. Neste momento, parlamentares do PSOL e Rede cobram que o deputado do DEM marque o mais rápido possível a data da votação.

Sob pressão da oposição e da base aliada, Rodrigo Maia decidiu dividir com líderes partidários a responsabilidade de definir a data da votação em plenário. “Vamos organizar isso com os líderes, acho que é o melhor caminho”, afirmou o presidente da Câmara na semana passada. 

Com a estratégia de dividir a decisão, Maia tenta diminuir a pressão que vem sofrendo. De um lado, a oposição o acusa de protelar a votação e pede para que ele paute o pedido o mais rápido possível. Do outro, base aliada e Planalto pressionam para que só seja votada depois da conclusão do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.

Hildo Rocha leu em plenário a decisão do Conselho de Ética, que aprovou relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) pela cassação de Cunha por quebra de decoro parlamentar. Também leu a decisão da CCJ, que negou recursos que o ex-presidente da Casa ingressou na comissão contra a decisão do conselho.

Com a estratégia de dividir a decisão, Maia tenta diminuir a pressão que vem sofrendo. De um lado, a oposição o acusa de protelar a votação e pede para que ele paute o pedido o mais rápido possível. Do outro, base aliada e Planalto pressionam para que só seja votada depois da conclusão do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.

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Hildo Rocha leu em plenário a decisão do Conselho de Ética, que aprovou relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) pela cassação de Cunha por quebra de decoro parlamentar. Também leu a decisão da CCJ, que negou recursos que o ex-presidente da Casa ingressou na comissão contra a decisão do conselho.

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