BRASÍLIA - O deputado federal Paulo Maluf (SP) defende que seu partido, o PP, integre o bloco de apoio ao petista Arlindo Chinaglia (PT-SP) por "gratidão" ao tratamento dispensado pelo Planalto à sigla. Ao Estado, Maluf afirmou que irá votar no petista na eleição prévia que o PP realizará no fim desta tarde para definir se apoia Chinaglia ou o peemedebista, Eduardo Cunha, na disputa pela presidência da Câmara.
"No meu dicionário não está escrita a palavra ingratidão", disse Maluf. Os correligionários do partido que votarem em Cunha serão "ingratos" ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidente Dilma Rousseff, definiu.
A tendência nos bastidores do partido é de que a sigla apoie Cunha. Parte da base governista, o PP ficou com a Integração Nacional, na divisão de pastas feita no segundo mandato de Dilma, mas se incomodou com a perda do Ministério das Cidades, entregue ao PSD. A formalização do apoio, contudo, depende do resultado da prévia, que terá início às 17h30.
Maluf descarta a proposição de um rodízio na presidência da Casa, como sugerido nesta manhã. Pela proposta, que teria sido leva a Cunha por um deputado do PP, o PT abriria mão da candidatura em favor do PMDB e, em troca, os peemedebistas apoiariam Chinaglia daqui a dois anos. "Isso não existe. Eleição tem que ganhar ou perder na urna", disse Maluf.