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Partido está 99,9% fechado com Padilha, diz presidente nacional do PP

Anúncio do apoio do partido à campanha do petista ao governo de São Paulo deve acontecer no início da semana que vem

Por Ricardo Chapola
Atualização:

SÃO PAULO - O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, afirmou nesta quarta-feira, 21, que o apoio do partido à candidatura do ex-ministro Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo está praticamente certo. Segundo ele, a aliança "está 99,9% fechada". Ela só não foi sacramentada ainda porque Nogueira afirmou preferir fazer o anúncio depois de se reunir com Padilha e o presidente estadual do PT, Emídio de Souza, o que deve acontecer até o início da semana que vem."(O apoio) Está bem encaminhado. Está 99,9% fechado. Eu não posso dizer que está fechado porque falta uma conversa minha com o Padilha. Eu acredito que até o início da semana a gente bata o martelo", disse Nogueira ao Estado. Na próxima terça-feira, o PP vai formalizar o apoio do partido à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff. O PP atualmente integra a equipe do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa a reeleição. O partido do deputado Paulo Maluf comanda a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). A adesão do PP à campanha de Padilha agregará ao petista mais 1min16s ao tempo que ele terá de exposição na TV durante o horário eleitoral. Antes da aliança, o ex-ministro tinha 5min12s no total; agora, terá 6min28s.O provável apoio do PP a Padilha torna ainda mais necessário a Alckmin atrair o PSD, do ex-prefeito do ex-prefeito Gilberto Kassab, para a sua campanha à reeleição. O projeto inicial de Kassab é se lançar candidato ao governo, mas, nos últimos dias, o presidente do PSD tem dado sinais de que são existem chances de aliança com Alckmin. Em sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo no dia 13 de maio, o ex-prefeito disse que não teria problema ser vice de Alckmin e que seria algo "coerente". "Eu não teria nenhum problema em ser vice do governador Geraldo Alckmin. É uma pessoa digna, uma pessoa que tem uma folha de serviços prestados ao nosso Estado. Se em alguns momentos divergi dele, em momentos muito mais numerosos convergi", afirmou Kassab. "Seria algo coerente com o meu passado e com minha ação político-partidária". O raciocínio dos articuladores políticos do governador é matemático: a saída do PP da coligação dará a Alckmin 40s a menos que Padilha no tempo de TV - o tucano teria 5min40s, contra 6min28s do adversário. A aliança com o PSD serviria para desafogar Alckmin e recolocá-lo na dianteira: o tucano ficaria com 7min18s, e Padilha, com 6min28s.

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