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Para Moreira Franco, gestões petistas tiveram ‘estripulia’

Ministro, que integrou equipe de Dilma Rousseff e é alvo da Lava Jato, fez críticas aos governos do PT durante palestra

Foto do author André Borges
Por André Borges
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, alvo de investigações da Operação Lava Jato, fez duras críticas aos governos do PT e às mudanças realizadas nos últimos anos na indústria do petróleo, durante palestra realizada nesta quarta-feira, 26, em Brasília, sobre a indústria de óleo e gás. Moreira Franco foi ministro na gestão Dilma Rousseff.

Ministro Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência Foto: Sergio Castro/Estadão

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A apontado por delatores de ter intermediado repasses milionários para campanhas do PMDB, Moreira Franco disse que o setor sofreu forte instabilidade na última década, por causa de erros de políticas e intervenções realizadas pelo governo. “Nunca se fez tanta estripulia quanto se fez nos últimos anos”, disse o ministro.

Batizado na lista de recebimento de propinas da Odebrecht como o “Angorá”, Moreira Franco fez a palestra no evento Panorama Atual e futuro da indústria de óleo e gás no Brasil, em Brasília. O ministro nega as irregularidades.

Ausências. Moreira Franco deixou o evento logo após a sua apresentação e saiu pelo prédio lateral do evento sem falar com a imprensa. A agenda original do encontro contava com a abertura pelo presidente Michel Temer, além da presença dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Marcos Pereira (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e Sarney Filho (Meio Ambiente), e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Nenhum deles, porém, compareceu ao evento.

Em sua apresentação, Moreira Franco ressaltou a preocupação do governo com a agenda de reformas no Congresso, como a da Previdência. “A não aprovação transformará o País num estado do Rio de Janeiro”, disse. “A gravidade da questão previdenciária é de tal monta, que não haverá recursos para que o governo possa cumprir com suas obrigações, como ocorre no Rio, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.”