PUBLICIDADE

Para governador do MT, saída do PDT do governo pode parecer oportunismo

Reportagem do 'Estado' publicada no domingo revelou que dirigente pedetista, ex-ministro do Trabalho 'faxinado' por Dilma, disse que petistas 'roubaram demais'

Por Ricardo Brito
Atualização:

BRASÍLIA - O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PDT), disse no domingo, 26, que uma eventual saída do partido da base aliada do governo Dilma Rousseff após as críticas feitas pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi, ao PT poderia parecer oportunista. Como mostrou o Estado no domingo, o dirigente pedetista, ex-ministro do Trabalho "faxinado" pela presidente em dezembro de 2011, disse que os petistas "roubaram demais" e que a legenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem se disse "amigo" em uma reunião fechada, "se esgotou".

PUBLICIDADE

"Sinceramente não sei se isso (saída da aliança) é bom, quem ficou tanto tempo, não sei se tem direito de sair, mostra um pouco de uma postura oportunista", afirmou Taques, que é dissidente no PDT e atuou como senador de oposição entre 2011 e 2014.

"Eu, como senador, fui independente e sempre fui crítico dessa submissão do PDT ao PT", afirmou Taques. Desde 2006, o PDT ocupa o Ministério do Trabalho: primeiro com Lupi, depois com Brizola Neto, outro dissidente em relação à atual cúpula pedetista, e atualmente com Manoel Dias, aliado do presidente do partido.

Apesar da postura crítica aos governos petistas, Taques não é crítico a Dilma do ponto de vista pessoal. "Acredito na honestidade da presidente, mas erros foram praticados."

O governador mato-grossense tem recebido convites para trocar de partido, mas não dá sinais de que queira deixar o PDT no curto prazo. Ex-procurador da República e professor de Direito Constitucional, Taques disse que gostaria de aproveitar a reunião do Diretório Nacional do PDT, marcada para o próximo dia 15, para falar sobre a discussão de um eventual pedido de impeachment de Dilma. "Se for convidado no dia 15, vou me manifestar lá", disse ele, que não quis adiantar sua posição sobre o assunto. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.