Para Goldman, aumento de gasto na saúde foi ‘decisão política’

Governador de São Paulo fez comentário ao se posicionar sobre reportagem publicada nesta segunda pelo ‘Estado’

PUBLICIDADE

Por Julia Duailibi
Atualização:

SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 13, que o crescimento das despesas com saúde no Estado foi uma "decisão política" e que o governo resolveu apressar as obras de hospitais e Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs).

 

PUBLICIDADE

"Se a preocupação existe, ela deve ser até positiva", afirmou o governador em evento no Palácio dos Bandeirantes. "A área que mais expandiu no Estado de São Paulo, em termos de gastos, foi a área de saúde. Isso é uma decisão política que foi tomada pelo governo do Estado, desde o Serra, e tomada por mim também", completou.

 

Reportagem do Estado publicada na segunda apontou o crescimento com as despesas correntes na área da saúde (transferências para organizações sociais e compras de materiais, entre outros itens). Ainda segundo a reportagem, essa é uma das principais preocupações da equipe de transição do governador eleito Geraldo Alckmin, o tucano que deu aval para o atual governo enviar um projeto de lei à Assembleia com o propósito de definir uma outra fonte de financiamento para o setor e ajudar a custear o crescimento com as despesas. A proposta prevê a cobrança dos planos de saúde pela internação na rede pública de pessoas filiadas a esses planos.

 

"O que nós fizemos durante este ano foi que, no momento que tivemos uma expansão da arrecadação, destinamos a maior parte dessa expansão ao setor de saúde, ampliando as AMEs, apressando as AMEs, os hospitais que precisavam ser terminados e equipados", disse o governador. Goldman citou ainda o envio de verbas para as Santas Casas e investimentos no Hospital do Câncer, "que a gente está expandindo o máximo possível".

 

A análise do estouro no orçamento da saúde aponta para a aplicação de recursos nas vitrines eleitorais do PSDB, exploradas durante a campanha pelo candidato do partido, o ex-governador José Serra. Tornou-se agora uma das principais causa na troca de fogo amigo entre tucanos paulistas.

 

O governador não comentou a polêmica e elogiou o crescimento dos gastos. "O limite mínimo que os Estados têm que obedecer, da sua receita líquida, é de 12% do orçamento. Neste ano chegamos a 12,2% ou 12,3%", disse Goldman.

 

Segundo o governador, "ao invés de jogar dinheiro em coisas que não seriam prioritárias, nós demos prioridade - é real, é verdade - à área de saúde".

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.