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Para Dilma, 'estancar a Lava Jato' não foi principal motivo de seu impeachment

Presidente cassada acredita que retomada das privatizações é o principal motivo

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Por Jamil Chade
Atualização:

GENEBRA – A presidente cassada Dilma Rousseff acredita que seu impeachment teve como principal motivo a pressão de certos partidos e empresas para garantir “a implementação do modelo neoliberal”. 

 “Tivemos a gravação entre o senador Romero Juca e Sérgio Machado, indicando que precisavam me tirar para estancar a sangria da Lava Jato. Mesmo se essa era uma das razões, não acredito que era a principal”, insistiu Dilma ao conversar com estudantes brasileiros em Genebra, nesta segunda-feira, 13. 

Para Dilma, sua saída do poder “não resolve” os “sérios problemas no Brasil, como no sistema político” Foto: Wilton Júnior|Estadão

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 “O motivo é que, quando chegamos ao governo, interrompemos um processo de instaurar um regime neoliberal, de redução de impostos e privatização no Brasil”, disse, insistindo que se recusou a vender o Banco do Brasil, Caixa e BNDES.

 Para ela, sua saída do poder “não resolve” os “sérios problemas no Brasil, como no sistema político”. “Temos um Congresso cada vez mais conservador. Temos um problema de representatividade, além da corrupção”, completou.

 Supermercado - Dilma, ainda em conversa com estudantes, cutucou o presidente Michel Temer sobre seu comentários sobre o papel da mulher e seus conhecimentos sobre a variação da economia por conta dos preços no supermercado. "Não, meninas, nosso papel não é saber os preços no supermercado", completou.

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