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Para deputado tucano, afastamento de Cunha não invalida impeachment de Dilma

De acordo com Calos Sampaio, medida 'não invalida o processo de impeachment porque os fundamentos são diversos e essa decisão foi tomada por um conjunto de ampla maioria dos deputados federais'

Por Victor Rezende
Atualização:

O deputado federal e vice-presidente do PSDB, Carlos Sampaio (SP), publicou um vídeo em sua página no Facebook nesta quinta-feira, 5, no qual ressalta que o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Câmara dos Deputados não afeta a decisão do impeachment da presidente Dilma Rousseff tomada na Casa.

De acordo com Sampaio, a medida "não invalida o processo de impeachment porque os fundamentos são diversos e essa decisão foi tomada por um conjunto de ampla maioria dos deputados federais". Para ele, o "desfecho definitivo" do governo se dará no próximo dia 11 de maio, quando está prevista a votação no Senado que decidirá se a presidente Dilma deve ou não ser afastada do cargo por 180 dias.

Deputado federal e líder do PSDB na Câmara,Carlos Sampaio Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Também nesta quinta, os deputados petistas Maria do Rosário (RS) e Paulo Pimenta (RS) anunciaram que pedirão ao Supremo Tribunal Federal (STF) a nulidade da sessão da Câmara que aprovou a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, agora em tramitação no Senado. Os parlamentares argumentam que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado do cargo pelo ministro do Supremo Teori Zavascki, não tinha legitimidade para comandar a sessão que aprovou o impeachment.

Em relação ao parecer do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, que promoveu o afastamento de Eduardo Cunha do mandato de deputado e, consequentemente, da presidência da Câmara, Sampaio afirma que a decisão "foi importante não somente para a imagem da Casa, mas também para o momento de transição que o Brasil está vivendo".

O deputado também disse no vídeo que, em 24 de novembro de 2015, o PSDB junto a outros partidos, como PSOL e Rede, assinou um documento e entregou ao procurador-geral da República Rodrigo Janot pedindo o afastamento de Eduardo Cunha da Câmara dos Deputados. Segundo Sampaio, "é uma decisão que vem em boa hora por parte do Supremo".