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Para Cunha, corte de ministérios é para encobrir más notícias na economia

Presidente da Câmara criticou anúncio feito pelo Palácio do Planalto nessa segunda-feira de reduzir 10 pastas da máquina

Por Daniel de Carvalho
Atualização:

BRASÍLIA -O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta segunda-feira, 24, que o governo fez um anúncio "atabalhoado" do corte de ministérios para criar um fato político que encobrisse "notícias não boas" da economia.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Foto: Andre Dusek/Estadão

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"Foi um anúncio atabalhoado porque não tinha uma decisão tomada e queriam criar um fato político. Acho positivo querer criar um fato desta natureza, mas, obviamente, eles não estavam prontos para anunciar nada", afirmou o peemedebista no início da noite desta segunda-feira, 24, de volta a Brasília.

Pela manhã, o governo anunciou que, até setembro, cortaria dez pastas, mas não informou quais serão, gerando instabilidade na base aliada.

Cunha disse que o anúncio do Planalto pode "estimular" o andamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada por ele para limitar a 20 o número de ministérios. "Ainda estão me devendo nove. É dobrar a meta", disse parodiando a presidente Dilma.

O presidente da Câmara defendeu que o PMDB entregue todos os seis ministérios que comanda. "Todos (os partidos) deveriam entregar (ministérios), todos deveriam reduzir. O PMDB deveria ser o primeiro a entregar todos, não só a redução proporcional, deveria sair da base do governo", afirmou.

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