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É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais. Escreve uma vez por semana.

Opinião|Para classe média de Goiânia, palavra de ordem é mudança

Revoltados com corrupção, gastos da Copa e serviços públicos ruins, moradores veem governos como fardo e transferem culpa a Dilma

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Atualização:

Goiânia - A combinação de inflação e impostos altos abala o poder de compra da classe C em Goiânia. A vinculação entre corrupção, Copa do Mundo e serviços públicos ruins acentua a percepção do governo como um fardo, que não só não ajuda como atrapalha. Na cidade administrada pelo PT e no Estado governado pelo PSDB, mazelas que não são da alçada federal, como transporte coletivo (municipal) e segurança (estadual), acabam indo para a conta da presidente Dilma Rousseff e de seu partido - como, de resto, acontece também em outros lugares. O Ibope encontrou em Brasília, Goiânia e Aparecida de Goiânia - cidade-dormitório conurbada com a capital do Estado - grande concentração de eleitores que querem mudança sem Dilma Rousseff. Foram exclusivamente esses os eleitores ouvidos pelo Estado em Goiânia. “Sou muito revoltada com essa Copa”, desabafa Josy Menezes, de 23 anos, secretária em um escritório de advocacia. “Lógico que a Dilma não está tão ligada a isso, mas é um reflexo do que o Brasil quer oferecer para as pessoas: estádios e mais estádios, e nada mais além disso”.

"Em todas as eleições, votei no PT, mas, ultimamente, ando muito descontente com o meio político, porque é muita roubalheira", José Cirineu de Oliveira, 42, dono de barraca de lanches Foto: Lourival Sant"Anna/Estadão
Opinião por Lourival Sant'Anna

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