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Para atacar Gilberto Carvalho, ruralista diz que ele aninha 'negros' no gabinete

Parlamentar que ficou conhecido por atacado gays índios e negros faz novas afirmações polêmicas em vídeo na internet

Por Eduardo Bresciani
Atualização:

O coordenador da bancada ruralista no Congresso Nacional, Luiz Carlos Heinze (PP-RS), aparece em um vídeo publicado na internet utilizando como argumento de ataque ao ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) ele aninhar "negros" em seu gabinete. Heinze disse ao Estado que se referia ao comando dos movimentos quilombolas e não aos negros em geral. O parlamentar já é alvo de pedido de investigação de quebra de decoro parlamentar por outro vídeo no qual diz que no governo da presidente Dilma Rousseff "estão aninhados quilombolas, índios, gays, lésbicas, tudo o que não presta".

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Postado nesta quarta-feira, dia 25 de fevereiro, o vídeo foi feito no Leilão da Resistência, em Campo Grande (MS), no dia 7 de dezembro de 2013. Em discurso de ataque ao governo Dilma, Heinze faz a crítica a Carvalho. "Tem no Palácio do Planalto um ministro da presidenta Dilma, chamado Gilberto Carvalho, que aninha no seu gabinete índios, negros, sem terra, gays, lésbicas. A família não existe no gabinete deste senhor", diz. "Este é o governo da presidente Dilma. Não esperem que essa gente vá resolver o nosso problema", conclui o deputado, no discurso para uma plateia de produtores rurais.

Confira o vídeo:

Heinze afirma que sua manifestação é de crítica ao governo federal pela forma como tem sido conduzida a política de demarcação de terras indígenas e quilombolas. "Não é o negro ou o índio brasileiro. É quem comanda este processo, o comando dos movimentos quilombolas e indígenas", disse. Em relação aos sem terra ele afirmou que não concorda com o financiamento público ao movimento. Afirmou ainda que no caso da citação a gays e lésbicas se "excedeu" em um "momento de discurso".

O vídeo anterior, feito em Vicente Dutra (RS), em novembro, mobilizou a Frente Parlamentar dos Direitos Humanos a apresentar um pedido de investigação contra Heinze na Corregedoria da Câmara e outro na Procuradoria-Geral da República. Naquela ocasião, ele disse ter se "excedido" e que não tinha "nada contra" gays.

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