Para Alckmin, denúncia contra Temer é grave e deve ser apurada, mas não é condenação

Governador de São Paulo defende que PSDB adote posição única sobre a abertura ou não de ação penal contra o presidente

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Foto do author Adriana Ferraz
Foto do author Daniel  Weterman
Por Adriana Ferraz e Daniel Weterman
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São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira, 27, que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB) é grave, mas ressaltou que "denúncia não é condenação". O tucano não antecipou sua opinião sobre como os deputados do partido devem se posicionar na votação que vai definir se a Câmara autoriza ou não a instauração de uma ação penal contra Temer. Mas defendeu que o partido adote uma posição única, contra ou a favor. "É preciso entender que denúncia não é condenação. Não podemos antecipar condenação", disse Alckmin em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes. "É grave, há uma denúncia e ela precisa ser apurada". O tucano disse que o PSDB vai no devido tempo tomar uma decisão. "Eu defendo que (o partido) não abra a bancada, que a decisão seja de partido, que não libere a bancada", declarou. O governador afirmou ainda que a decisão do PSDB em ficar na base de apoio ao governo foi tomada por causa das reformas que esão tramitando no Congresso. "Isso não quer dizer que não possamos tomar uma atitude amanhã", ponderou.

Para o tucano, é preciso ter serenidade. "O importante é que as instituições funcionem e que a gente não deixe a economia derreter, o País já está com 14 milhões de desempregados". O governador repetiu o discurso que adotou desde o início da crise do governo Temer, de que o compromisso do PSDB não é com o governo, mas com o País.

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