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Pagamento de R$ 2,3 mil para dobrar guardanapos

Após dividir custo do convênio pelo número de pessoas que assistiam a aulas, TCU cobrou explicações da entidade; operação da Polícia Federal se baseou na auditoria

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - Se o dinheiro público tivesse chegado ao seu destino, a qualificação de pessoas no Amapá pelo Ibrasi para atividades como dobrar guardanapos teria custado R$ 2.339,47 por cabeça. Em meio às irregularidades colhidas por auditores, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu na quarta-feira, 10, bloquear novos pagamentos de R$ 2 milhões à entidade protagonista do escândalo na pasta.

 

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O Ibrasi já recebeu R$ 14 milhões de convênios que somam R$ 16 milhões. O mais recente pagamento, de R$ 900 mil, foi feito em abril, quando os auditores do TCU já tinham cobrado explicações. A auditoria baseou a Operação Voucher.

 

A conta feita pelo TCU é simples: os auditores dividiram o custo do convênio destinado à "capacitação profissional para o turismo no Estado do Amapá" pelo número de pessoas (1.900) que assistiriam a aulas e cursos à distância. O objetivo era treinar camareiras e garçons.

 

O que chamou a atenção do TCU não foi só o custo exorbitante do suposto treinamento, escolhido pela deputada Fátima Pelaes (PMDB-AM), para receber R$ 9 milhões. O caso é considerado exemplar pela quantidade e extensão das irregularidades, a começar pela criação da entidade, quatro meses antes da assinatura do convênio.

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